Início Astrologia Saiba o que é astrologia sistêmica – entenda seus fundamentos e conceitos

Saiba o que é astrologia sistêmica – entenda seus fundamentos e conceitos

Astrologia sistêmica

Astrologia Sistêmica utiliza os mesmos fundamentos e regras da Astrologia Tradicional, mas a grande diferença entre ambas é a forma como é feita a leitura do Mapa Astral.

No ramo sistêmico, os signos, os planetas, os aspectos e os ciclos planetários são compreendidos a partir de dois pontos de vista principais: o pensamento sistêmico e a Psicologia Junguiana.

O pensamento sistêmico se baseia na ideia de que o todo é muito maior do que a soma das suas partes e o Universo é composto de vários sistemas, maiores e menores, que se relacionam e se transformam. Assim, os planetas, as estrelas, países, as sociedades, as famílias e as pessoas são todos sistemas que afetam uns aos outros. Dessa forma, o grande objetivo do pensamento sistêmico consiste em identificar as conexões invisíveis que existem entre as várias partes que compõem um sistema, o que possibilita uma compreensão mais clara daquilo que está sendo analisado. 

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Mapa astral

Índice do Conteúdo

O Mapa Astral, portanto, nada mais é do que um grande sistema, composto de vários elementos que dialogam entre si e, quando somamos a influência de cada uma dessas relações, conseguimos apreender de forma muito mais ampla aquilo que se passa da mente de uma pessoa, direcionando seus pensamentos e atitudes no passado, presente e futuro, que também estão relacionados.

Isso é possível porque, ao analisar um Mapa Natal, conseguimos identificar as principais tendências que moldam a personalidade de alguém e, consequentemente, qual o destino provável daquela pessoa.

É importante ressaltar que essa noção não é determinística, porque o meio em que nos encontramos e as relações que estabelecemos ao longo da vida podem alterar essas propensões, reforçando alguns comportamentos e reprimindo outros.

A partir dessa linha de raciocínio, a Astrologia Sistêmica acredita que é possível fazer uma “mudança de rota”, por meio da  identificação das conexões invisíveis que existem entre os sistemas que cada indivíduo carrega, formando a sua “realidade mental”.

Abordagem sistêmica da astrologia

Na tentativa de compreender a psique humana, a abordagem sistêmica da astrologia encontrou na teoria criada pelo psicólogo Carl Gustav Jung o fundamento para embasar a forma como esses sistemas agem em nossa mente. O conceito de inconsciente coletivo criado por ele se relaciona com “sistemas” que todos nós possuímos, que são inerentes ao ser humano e compostos de vivências das gerações anteriores.

Esses conteúdos são denominados arquétipos, que contêm energia própria, influenciam o inconsciente e a consciência humana em situações emocionais que os evocam. Segundo Jung, “O arquétipo é um elemento vazio e formal em si, nada mais sendo do que (…) a possibilidade dada a priori da forma da sua representação” (JUNG, C. G.  Os arquétipos e o inconsciente coletivo. Petrópolis: Vozes. 2014. P. 87), ou seja, todos nós temos uma potência inconsciente em comum, mas ela se expressa de forma indefinida, a depender da realidade vivida por cada um. 

Dessa forma, nós encontramos nas mais diversas culturas os arquétipos do herói, da mãe, de Deus e muitos outros, sendo conceitos que praticamente nascem com o ser humano. Essas ideias se desenvolvem de forma diferente, de acordo com a “programação” cultural e familiar de cada um.

Na Astrologia, conseguimos identificar os temas arquetípicos observando o Mapa Natal: o posicionamento de Marte, por exemplo, nos permite identificar as crenças da pessoa acerca da ideia do herói (que pode ser valente, agressivo ou inseguro). Assim, pode-se compreender como os arquétipos estão programados no inconsciente do indivíduo e, a partir do conhecimento do seus sistemas de crenças, é possível modificá-las para a sua evolução pessoal. 

Astrologia sistêmica

A Astrologia Sistêmica diz que todos nós estamos conectados uns aos outros em maior ou menor grau, por meio do inconsciente coletivo. Assim, nós compartilhamos sistemas que nos permitem trocar informações, sentimentos, emoções, lembranças e histórias. Uma forma de acessar tudo isso é por meio da constelação familiar, que proporciona um contexto facilitador para o acesso e compreensão do nosso inconsciente.

Esse tipo de terapia foi criada pelo alemão Bert Hellinger e consiste em uma espécie de psicodrama, em que cada pessoa assume um papel em algum tipo de conflito ficcional, envolvendo relações afetivas. Essa atuação tem o intuito de identificar crenças e padrões de comportamentos dos nossos antepassados que tomamos inconscientemente, como o tipo de situação em que o filho se torna muito parecido com a mãe, apesar de criticá-la. Hillinger afirma que, por amor, fazemos uma série de coisas para compensar sentimentos reprimidos, erros, lutos mal resolvidos e até mesmo a exclusão de membros da família que ocorreu em gerações anteriores.

Dessa forma, reproduzimos emoções, atitudes e até mesmo doenças de forma inconsciente, para compensar e incluir no sistema aquilo que foi excluído ou desonrado (na Teoria Junguiana existe o conceito de “compensação inconsciente”, que dialoga com essa ideia de Hillinger). 

Os vícios, doenças e frustrações profissionais e pessoais que temos ao longo da vida se relacionam com a necessidade que um indivíduo tem de cumprir um destino que não é dele e, durante as constelações familiares, esses padrões se evidenciam.

A ideia é que, ao conscientizar os comportamentos e crenças inconscientes, conseguimos encontrar um caminho para curar essas “feridas emocionais” que possuímos (ou desenvolvemos pelo contexto da nossa infância).

Ao analisar o Mapa Natal a partir da Teoria Sistêmica, é possível identificar as crenças inconscientes e as conexões invisíveis que o indivíduo carrega, influenciado pelos seus antepassados e pelos temas arquetípicos. O posicionamento da Lua e do Sol (que representam a mãe e o pai, respectivamente) e os aspectos (ângulos) que esse planetas estão formando com os demais em uma Mapa Astral dão acesso aos históricos familiares que você carrega, e que se relacionam com processos de culpa, autossabotagem ou mesmo repetição de comportamentos de algum parente. 

Portanto, além da Teoria Junguiana, a Astrologia Sistêmica se baseia na noção de que cada indivíduo é um sistema que afeta os outros, principalmente em se tratando das relações familiares.

As nossas crenças estão diretamente ligadas ao contexto em que nascemos e ao conteúdo inconsciente que é passado hereditariamente. Por isso, a análise do posicionamento dos astros que representam nossos pais (e, consequentemente, nossos antepassados) é tão importante para identificar esses padrões.

A característica científica da nossa cultura desenvolveu a noção de genética e se movimenta para compreender os fenômenos da natureza, “mas essas teorias não falam da individualidade e da singularidade que somos”, segundo o psicólogo James Hillaman.

Na Grécia Antiga, foi escrito o Mito de Er, por Platão, que nos ajuda a compreender a ideia arquetípica da função dos pais. Essa história parte do princípio de que somos um espírito residindo em um corpo físico e sua narrativa consiste na ideia de que a alma escolhe os seus pais particulares, que fazem parte do seu destino como atuantes no seu processo de evolução. A teoria de reencarnação de várias culturas também parte do ponto de vista de que, na realidade em que nos encontramos, possuímos tudo o que é necessário para crescer espiritualmente.

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