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Como a Psicologia pode se aplicar na leitura do Mapa Astral?

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Astrologia e psicologia

Você já imaginou que dentro dos estudos dos astros e suas influências, existe também análises sobre a astrologia e psicologia?

Na Antiguidade, a Astrologia e a Astronomia eram consideradas uma única área do conhecimento. Por isso, analisar o movimento dos astros era também analisar o simbolismo dessas mudanças.

Tudo que era descoberto acerca dos astros, como o seu trânsito e a sua influência sobre os outros corpos celestes, era utilizado como fundamento para ambos os tipos de estudos.

Desde que o homem começou a observar os astros com o intuito de ser guiado por eles – para marcar o tempo; as fases de plantio e colheita; os pontos de referência para a sua locomoção – a ideia de que esses planetas afetam a nossa vida pessoal e cotidiana impulsionou o desenvolvimento da Astrologia.

Assim como todo conhecimento milenar da humanidade, a astrologia passou por um longo processo de evolução. Um dos pontos marcantes dessa história é justamente a sua separação da astronomia, que ocorreu aproximadamente no século XVII.

Atualmente, o propósito da investigação dos trânsitos planetários continua sendo o mesmo: compreender a influência dos astros sobre a formação da nossa personalidade e sobre as oscilações de humor diárias

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Astrologia e as ciências

Índice do Conteúdo

Nesse sentido, alguns estudiosos encontraram em outras teorias sobre a mente humana um embasamento teórico que poderia ser utilizado para complementar a visão astrológica.

O comportamento e a experiência do homem observados e descritos pelos filósofos gregos, eram vistos como resultado das manifestações da alma. A Psicologia ganhou espaço na ciência no final do séc. XIX.

A Psicologia é a ciência que estuda os processos mentais (sentimentos, pensamentos, razão) e o comportamento humano. Deriva-se das palavras gregas, “psique e logia” que, na ordem, significam “alma e estudo de”.

Assim como em muitas áreas, a Psicologia é composta por várias abordagens diferentes. Entre as teorias que buscam explicar o funcionamento da mente humana, a Psicologia Analítica, elaborada pelo psiquiatra Carl Gustav Jung, vem sendo relacionada à Astrologia desde sua criação.

Jung – Astrologia e psicologia

Dentro da Psicologia, existem profissionais que criticam fortemente a relação estabelecida entre a Teoria Junguiana e a Astrologia. Porém, o próprio Jung fez esse paralelo em diferentes momentos da sua vida.

Segundo o psiquiatra, a Astrologia não tem a ver apenas com as estrelas, mas é a psicologia de mais de 5000 anos, da Antiguidade e da Idade Média. 

Ao famoso psicanalista Sigmund Freud, Jung escreveu: “Atrevo-me a dizer que a Astrologia se poderá descobrir ainda uma boa parcela de conhecimento que foi intuitivamente projetada nos céus.”

“Obviamente, a Astrologia oferece muito para a Psicologia, mas aquilo que esta última pode oferecer à sua irmã mais velha é menos óbvio”.
(O segredo da flor de ouro)

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Arquétipos – a teoria do inconsciente coletivo

Segundo Jung, o conceito de inconsciente coletivo representa um conjunto de sistemas que formam a base da nossa psique. Esses sistemas, denominados arquétipos, são inerentes ao ser humano.

Eles são compostos por “ideias universais” e vivência de gerações anteriores, como o conceito de “Deus” – que está presente em todas as culturas e em todas as épocas. 

Os arquétipos têm energia própria e atuam com certa independência em nossa psique. Suas influências recaem sob o inconsciente diante de situações emocionais e evocativas.

Isso significa que existem as mesmas ideias em potencial dentro de nós, mas elas se expressam de acordo com a realidade individual de cada um. Dessa forma, a teoria junguiana e a Astrologia se encontram na crença de que há uma disposição natural em cada ser humano para ser o que é.

Assim, entende-se que a astrologia traz as configurações simbólicas do inconsciente coletivo – que são os arquétipos.

Na Astrologia, os arquétipos (que podem ser compreendidos como sistemas interligados) são representados pelos planetas e pelas constelações. A teoria criada pelo psicólogo Carl Gustav Jung nos ajuda a compreender como esses sistemas agem em nossa mente. 

Os arquétipos se encontram no inconsciente coletivo, o que significa que são inerentes ao ser humano e compostos de vivências das gerações anteriores.

Segundo Jung, o arquétipo é um elemento vazio e formal em si, nada mais sendo do que a possibilidade dada a priori da forma da sua representação, ou seja, todos nós temos uma potência inconsciente em comum, mas ela se expressa a depender da realidade individual. 

O Mapa Astral e o inconsciente – astrologia e psicologia

O Mapa Astral nada mais é do que um grande sistema, composto de vários elementos que dialogam entre si. Quando somamos a influência de cada uma dessas relações, conseguimos apreender de forma muito mais ampla aquilo que se passa na mente.

Por outro lado, é importante ressaltar que a interpretação do Mapa Natal de uma pessoa não funciona de forma determinística. Apesar de astrólogos comumente utilizarem a palavra “previsão”, cada pessoa sempre é tão livre quanto responsável por suas escolhas.

Ao analisar um mapa é possível identificar as principais potencialidades que podem vir a se desenvolver na personalidade de alguém, mas tudo isso depende do contexto cultural, social e família em que o indivíduo está inserido desde o momento do seu nascimento.

O meio em que nos encontramos e as relações que estabelecemos ao longo da vida podem alterar essas propensões, reforçando alguns comportamentos e reprimindo outros.

É possível fazer uma “mudança de rota”, por meio da identificação das conexões invisíveis que existem entre os sistemas que cada indivíduo carrega. São esses sistemas os responsáveis pela construção da sua realidade mental.

Conhecer o seu Mapa Natal é uma forma de tomar consciência das energias arquetípicas que estão se manifestando em cada setor da vida. A partir desse conhecimento, o ego pode colaborar ativamente para a manifestação e a realização dos arquétipos, de modo construtivo.

Ao analisar o mapa natal, é possível identificar as crenças inconscientes e as conexões invisíveis que o indivíduo carrega, influenciado pelos seus antepassados e pelos temas arquetípicos.

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Anima Mundi – a força divina em nós

A Astrologia fornece evidências de que os arquétipos Junguianos não só são visíveis na psicologia humana, na experiência humana e comportamento, mas são também ligados ao próprio macrocosmo – os planetas e seus movimentos nos céus. 

A Astrologia apoia assim, a ideia antiga de um Anima Mundi ou alma do mundo (conceito que sustenta a ideia de uma força divina que anima os seres materiais e a alma humana). A partir desta perspectiva, entendemos melhor o que Jung nomeou como inconsciente coletivo.

Os símbolos arquétipos no Mapa Astral – Astrologia e psicologia

As constelações astrológicas representam o inconsciente coletivo: são imagens dos arquétipos projetados no céu.

O mapa natal revela uma combinação individual e específica de elementos arquetípicos – isto é, coletivos. Através da análise dessas combinações, podemos identificar características do indivíduo e seu destino psíquico.

Um símbolo arquetípico central na Astrologia é o círculo do horóscopo. Em todas as culturas, o círculo representa um símbolo de totalidade. Da mesma forma, o mapa representa a totalidade do indivíduo e o arquétipo do “Self”.

A Cruz, contida no interior do mapa astral, expressa a ligação do macrocosmo (linha horizontal) com o microcosmo (linha vertical), que proporciona a experiência humana em seu tempo de permanência nesta dimensão.

A linguagem astrológica é mítica e simbólica, assim como a Teoria Junguiana. A vida simbólica, expressa no mapa astral, propicia a abertura da porta para acessar os mistérios do ser humano.

Os símbolos únicos contidos nesta mandala descrevem as funções psicológicas primárias de cada indivíduo. Dessa forma, os signos, os planetas, os aspectos e os ciclos planetários podem ser interpretados com embasamento na Psicologia Junguiana. 

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