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Amor de família – Como explicar esse sentimento?

Tenho certeza que você já ouviu algo assim “já nascemos cercados por um amor de família muito grande, e ao longo da vida esse amor só aumenta, o que o faz ser incondicional e um sentimento eterno”. Existem verdades escondidas nessa frase, verdades que precisamos entender para que a gente desmistifique nossas relações, principalmente as familiares. 

Índice – Amor de família

Índice do Conteúdo

Antes de mais nada, é preciso entender que o sentimento amor não é eterno em nenhuma situação da vida. O amor é um sentimento como todos os outros, que nascem, são alimentados (ou não) e a depender crescem e produzem frutos. 

A partir disso, já conseguimos ter uma visão clara de que ultimamente o sentimento de amor tem sido romantizado e até mesmo esvaziado, se tornando uma carga muito pesada para aqueles que estão dispostos a amar, pois acabam caindo num mito de amor incondicional e eterno. 

O grande problema é que quando alguém acredita que o amor é eterno e incondicional, pode acabar fazendo papel de bobo, sustentando um relacionamento sozinho(a) e suportando coisas injustas em nome do amor.

A família é a principal base

Apesar disso, é inegável que o amor e o sentimento de pertencimento que vem da família são muito importantes para que se possa ter uma base que ajude a desenvolver as estruturas fundamentais do individuo, como a personalidade e os valores morais. 

Contudo, reconhecer que de fato há amor nas relações familiares não exime a família de suas responsabilidades emocionais e muito menos da fragilidade das relações humanas. 

O que quero dizer é que apesar de ter amor, também há problemas e momentos conturbados na vida e no relacionamento de qualquer família. 

Nesse sentido, é mais importante entender como nós podemos cuidar das nossas relações familiares e do sentimento de amor e carinho, para que eles durem por muito tempo e da forma mais saudável possível. 

É muito bom quando temos uma boa relação com nossos pais e familiares, mas a verdade é que nem todo mundo tem uma boa relação com os pais e inclusive dentro de casa.

Por esse motivo é importante olharmos para todos os possíveis caminhos que surgem a partir do sentimento de amor.

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Um sentimento eterno – Amor de família

Quando somos crianças, na maioria dos casos, estamos cercados de pessoas que nos querem bem e que pensam num futuro para nós, ou seja, elas imaginam que a criança vai seguir exatamente aquilo que elas planejaram durante anos, crescer, estudar, fazer faculdade, iniciar uma carreira em medicina ou advocacia, algo do tipo. 

E as coisas começam a desandar quando os pais ou responsáveis percebem que a criança ou o adolescente, é um indivíduo complexo e que desenvolveu seus gostos e preferências particulares.

Isso infelizmente pode resultar numa frustração por parte dos pais, ao verem que planejaram tanto e o filho acabou saindo do escopo, não se encaixando nos ideais dos pais. 

Geralmente, quando isso ocorre começa a ter brigas e desentendimentos dentro do lar, e aí o amor é posto à prova. 

Mas e agora, o amor acabou?

Em suma, toda essa situação pode acabar causando um desgaste na relação familiar, ou seja, é o momento onde as coisas começam ser separadas, o filho vai seguir seu caminho, os pais continuam na luta por trazê-lo de volta para a caixinha das idealizações.

Contudo, o filho é um ser humano complexo e tem os seus próprios objetivos e desejos. Com essas brigas, algumas famílias chegam a romper os laços e deixam de ter contato por muito tempo.

Agora eu te pergunto, onde foi parar o amor incondicional que havia quando o filho estava sob o cuidado integral dos pais? 

A verdade é que o amor não desaparece, é só que essa família romantizou um sentimento muito forte e não cuidou dele da forma que deveria e ele acabou sendo machucado. 

No entanto, nem tudo é ruim, a partir desse momento de ruptura é possível entender que as relações precisam ser repensadas respeitando o espaço pessoal, a vida e as preferências de cada um nesse círculo. 

Não é porque os pais tem a tutela da criança e exercem autoridade sobre ela até os 18 anos, que eles podem definir quem o filho(a) será, ou o que ele se tornará.

Observando isso é possível entender o quanto o sentimento é frágil e precisa ser trabalhado, ele não acontece por si só, é uma construção compartilhada e que precisa de cuidados e reparos constantes. 

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Oração para mães

Amor pode ser um sentimento eterno?

Do mesmo modo, um outro grande equívoco é o que se pensa sobre o amor entre mãe e filho a partir do nascimento da criança.

Muitos descrevem como um amor inexplicável e incondicional que é inerente à mãe, ou seja, no nascimento se descobre um amor avassalador que é mais forte do que a própria vida, é instintivo e poderoso. 

Isso precisa ser questionado, pois o amor é um sentimento que você escolhe ter e escolhe alimentar, se você fizer isso, claro, ele irá crescer cada vez mais e vai se fortalecendo com o passar do tempo.

Mas isso não significa que é um instinto que existe dentro das mulheres que geram filhos. 

Se fosse da forma como dizem ser, não existiriam muitas filhas e filhos que simplesmente não possuem relação ou contato com a mãe, porque em algum momento a relação deu errado e acabou se rompendo. 

Além disso existem muitos estudos desenvolvidos para entender quais são os motores que distinguem os relacionamentos maternos e paternos, estudos que inclusive vão atrás de dados estatísticos da relação parental com pessoas reclusas (em presídios) e como essas relações são afetadas ou até mesmo reatadas após o incidente que os levou até ali. 

Cuide dos seus relacionamentos – Amor de família

O segredo é entender como funciona para você e sua família e a partir disso ir construindo uma relação verdadeira e saudável. 

Por exemplo, antigamente as mulheres não tinham voz, seu único lugar era cuidando das coisas de casa e se doando para todos. Não podiam trabalhar, opinar, sair sozinhas, etc.

Por causa disso existiram muitos casamentos onde as mulheres eram infelizes e não se contentavam com o lugar que foi ordenado à elas, e por isso passavam a viver em casamentos conflituosos que podiam resultar até na morte dessas mulheres. 

Hoje em dia as mulheres podem fazer o que bem entenderem de suas vidas, inclusive seguir uma carreira ou decidir não ser mãe e constituir uma família a partir de um relacionamento homoafetivo.

Olha só como são diferentes as coisas hoje em dia! 

A base para todas as coisas é o respeito. As pessoas da nossa família tem mentes que pensam diferente de nós, cada um tem seus gostos pessoais, suas preferências, políticas, amorosas, etc.

É exatamente isso que nos diferencia um dos outros, e aprender a viver essa realidade respeitando o espaço do outro, é o que nos faz crescer no autoconhecimento! 

O amor em família nos faz semear relações saudáveis com pessoas que formam uma rede de apoio forte e estruturada, com quem sempre podemos contar nos momentos de dificuldade.

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Construindo uma relação familiar saudável

Em suma, família é amor desde que o relacionamento seja construído de forma responsável, consciente, e respeitosa! 

No entanto, existem pessoas que escolhem construir uma outra família para si, com pessoas de confiança e que se respeitam de forma amorosa.

Isso é muito comum de acontecer, já que não escolhemos a família em que nascemos, muitas vezes por causa do preconceito e da falta de empatia com o outro, a melhor solução é realmente se afastar e escolher para si pessoas que farão parte da sua nova família a partir de então. 

Nesse sentido, não importa se é na família que nascemos ou a família que escolhemos para viver juntos, o que importa é que essa rede é de suma importância, já que somos seres muito sociáveis e precisamos uns dos outros para existir. Não tem como viver sozinho!

Por isso, se você não se dá muito bem com a sua família ou não sente tanto o amor de mãe, provavelmente é possível encontrar uma solução para contornar essa situação e repensar esses relacionamentos familiares.

Entretanto, para isso é preciso muito esforço e dedicação para que as coisas possam acontecer, talvez seja necessário abrir mão de algumas coisas, mas isso precisa ser feito por ambas as partes, é como se fosse uma concessão. 

“Como eu posso ser melhor como pessoa?”

O importante é sempre pensar “o que eu posso fazer para ser melhor nos meus relacionamentos?”.

Na psicanálise é consenso que precisamos uns dos outros para nos construirmos, para entendermos quem nós somos, por isso a relação com o nosso próximo precisa ser saudável e equilibrada. 

Por isso, busque sempre ser a melhor versão de si mesmo a cada dia. O amor existe e é um sentimento muito forte e nobre, ainda mais se for cultivado no seio familiar.

Amor de família tem o poder de transformar as pessoas e dessa forma criar ligações e laços que podem durar por muito tempo, muitas gerações, e até mesmo encarnações.

É por isso que temos falado de relações e amizades que transcendem a vida.

Com isso, reafirmo que o amor de família, seja da que nascemos ou da que escolhemos para viver, é delicioso e precisa ser vivido por cada um à sua maneira. Então valorize esses laços e faça com que eles durem por muito tempo!

O autoconhecimento é a melhor forma de fazer os relacionamentos funcionarem.

Por isso, faça agora mesmo uma consulta e melhore a sua relação parental e conjugal!


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Eduardo Miranda

Eduardo, é um jovem apaixonado pela leitura e escrita. Está constantemente em busca de novos aprendizados e experiências. A missão dele envolve o desenvolvimento das pessoas através daquilo que escreve, de forma leve e prática, em busca de propagar conteúdos empáticos ao falar sobre temas como autoconhecimento e espiritualidade. Sempre prezando pela complexidade interior de cada um, respeitando as cargas emocionais e culturais de cada indivíduo ao abordar temas como: religião, amor e outras vertentes da vida espiritual.

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