Tenho certeza que você já ouviu algo assim “já nascemos cercados por um amor de família muito grande, e ao longo da vida esse amor só aumenta, o que o faz ser incondicional e um sentimento eterno”. Existem verdades escondidas nessa frase, verdades que precisamos entender para que a gente desmistifique nossas relações, principalmente as familiares.
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Antes de mais nada, é preciso entender que o sentimento amor não é eterno em nenhuma situação da vida. O amor é um sentimento como todos os outros, que nascem, são alimentados (ou não) e a depender crescem e produzem frutos.
A partir disso, já conseguimos ter uma visão clara de que ultimamente o sentimento de amor tem sido romantizado e até mesmo esvaziado, se tornando uma carga muito pesada para aqueles que estão dispostos a amar, pois acabam caindo num mito de amor incondicional e eterno.
O grande problema é que quando alguém acredita que o amor é eterno e incondicional, pode acabar fazendo papel de bobo, sustentando um relacionamento sozinho(a) e suportando coisas injustas em nome do amor.
Apesar disso, é inegável que o amor e o sentimento de pertencimento que vem da família são muito importantes para que se possa ter uma base que ajude a desenvolver as estruturas fundamentais do individuo, como a personalidade e os valores morais.
Contudo, reconhecer que de fato há amor nas relações familiares não exime a família de suas responsabilidades emocionais e muito menos da fragilidade das relações humanas.
O que quero dizer é que apesar de ter amor, também há problemas e momentos conturbados na vida e no relacionamento de qualquer família.
Nesse sentido, é mais importante entender como nós podemos cuidar das nossas relações familiares e do sentimento de amor e carinho, para que eles durem por muito tempo e da forma mais saudável possível.
É muito bom quando temos uma boa relação com nossos pais e familiares, mas a verdade é que nem todo mundo tem uma boa relação com os pais e inclusive dentro de casa.
Por esse motivo é importante olharmos para todos os possíveis caminhos que surgem a partir do sentimento de amor.
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Quando somos crianças, na maioria dos casos, estamos cercados de pessoas que nos querem bem e que pensam num futuro para nós, ou seja, elas imaginam que a criança vai seguir exatamente aquilo que elas planejaram durante anos, crescer, estudar, fazer faculdade, iniciar uma carreira em medicina ou advocacia, algo do tipo.
E as coisas começam a desandar quando os pais ou responsáveis percebem que a criança ou o adolescente, é um indivíduo complexo e que desenvolveu seus gostos e preferências particulares.
Isso infelizmente pode resultar numa frustração por parte dos pais, ao verem que planejaram tanto e o filho acabou saindo do escopo, não se encaixando nos ideais dos pais.
Geralmente, quando isso ocorre começa a ter brigas e desentendimentos dentro do lar, e aí o amor é posto à prova.
Em suma, toda essa situação pode acabar causando um desgaste na relação familiar, ou seja, é o momento onde as coisas começam ser separadas, o filho vai seguir seu caminho, os pais continuam na luta por trazê-lo de volta para a caixinha das idealizações.
Contudo, o filho é um ser humano complexo e tem os seus próprios objetivos e desejos. Com essas brigas, algumas famílias chegam a romper os laços e deixam de ter contato por muito tempo.
Agora eu te pergunto, onde foi parar o amor incondicional que havia quando o filho estava sob o cuidado integral dos pais?
A verdade é que o amor não desaparece, é só que essa família romantizou um sentimento muito forte e não cuidou dele da forma que deveria e ele acabou sendo machucado.
No entanto, nem tudo é ruim, a partir desse momento de ruptura é possível entender que as relações precisam ser repensadas respeitando o espaço pessoal, a vida e as preferências de cada um nesse círculo.
Não é porque os pais tem a tutela da criança e exercem autoridade sobre ela até os 18 anos, que eles podem definir quem o filho(a) será, ou o que ele se tornará.
Observando isso é possível entender o quanto o sentimento é frágil e precisa ser trabalhado, ele não acontece por si só, é uma construção compartilhada e que precisa de cuidados e reparos constantes.
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Do mesmo modo, um outro grande equívoco é o que se pensa sobre o amor entre mãe e filho a partir do nascimento da criança.
Muitos descrevem como um amor inexplicável e incondicional que é inerente à mãe, ou seja, no nascimento se descobre um amor avassalador que é mais forte do que a própria vida, é instintivo e poderoso.
Isso precisa ser questionado, pois o amor é um sentimento que você escolhe ter e escolhe alimentar, se você fizer isso, claro, ele irá crescer cada vez mais e vai se fortalecendo com o passar do tempo.
Mas isso não significa que é um instinto que existe dentro das mulheres que geram filhos.
Se fosse da forma como dizem ser, não existiriam muitas filhas e filhos que simplesmente não possuem relação ou contato com a mãe, porque em algum momento a relação deu errado e acabou se rompendo.
Além disso existem muitos estudos desenvolvidos para entender quais são os motores que distinguem os relacionamentos maternos e paternos, estudos que inclusive vão atrás de dados estatísticos da relação parental com pessoas reclusas (em presídios) e como essas relações são afetadas ou até mesmo reatadas após o incidente que os levou até ali.
O segredo é entender como funciona para você e sua família e a partir disso ir construindo uma relação verdadeira e saudável.
Por exemplo, antigamente as mulheres não tinham voz, seu único lugar era cuidando das coisas de casa e se doando para todos. Não podiam trabalhar, opinar, sair sozinhas, etc.
Por causa disso existiram muitos casamentos onde as mulheres eram infelizes e não se contentavam com o lugar que foi ordenado à elas, e por isso passavam a viver em casamentos conflituosos que podiam resultar até na morte dessas mulheres.
Hoje em dia as mulheres podem fazer o que bem entenderem de suas vidas, inclusive seguir uma carreira ou decidir não ser mãe e constituir uma família a partir de um relacionamento homoafetivo.
Olha só como são diferentes as coisas hoje em dia!
A base para todas as coisas é o respeito. As pessoas da nossa família tem mentes que pensam diferente de nós, cada um tem seus gostos pessoais, suas preferências, políticas, amorosas, etc.
É exatamente isso que nos diferencia um dos outros, e aprender a viver essa realidade respeitando o espaço do outro, é o que nos faz crescer no autoconhecimento!
O amor em família nos faz semear relações saudáveis com pessoas que formam uma rede de apoio forte e estruturada, com quem sempre podemos contar nos momentos de dificuldade.
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Em suma, família é amor desde que o relacionamento seja construído de forma responsável, consciente, e respeitosa!
No entanto, existem pessoas que escolhem construir uma outra família para si, com pessoas de confiança e que se respeitam de forma amorosa.
Isso é muito comum de acontecer, já que não escolhemos a família em que nascemos, muitas vezes por causa do preconceito e da falta de empatia com o outro, a melhor solução é realmente se afastar e escolher para si pessoas que farão parte da sua nova família a partir de então.
Nesse sentido, não importa se é na família que nascemos ou a família que escolhemos para viver juntos, o que importa é que essa rede é de suma importância, já que somos seres muito sociáveis e precisamos uns dos outros para existir. Não tem como viver sozinho!
Por isso, se você não se dá muito bem com a sua família ou não sente tanto o amor de mãe, provavelmente é possível encontrar uma solução para contornar essa situação e repensar esses relacionamentos familiares.
Entretanto, para isso é preciso muito esforço e dedicação para que as coisas possam acontecer, talvez seja necessário abrir mão de algumas coisas, mas isso precisa ser feito por ambas as partes, é como se fosse uma concessão.
O importante é sempre pensar “o que eu posso fazer para ser melhor nos meus relacionamentos?”.
Na psicanálise é consenso que precisamos uns dos outros para nos construirmos, para entendermos quem nós somos, por isso a relação com o nosso próximo precisa ser saudável e equilibrada.
Por isso, busque sempre ser a melhor versão de si mesmo a cada dia. O amor existe e é um sentimento muito forte e nobre, ainda mais se for cultivado no seio familiar.
Amor de família tem o poder de transformar as pessoas e dessa forma criar ligações e laços que podem durar por muito tempo, muitas gerações, e até mesmo encarnações.
É por isso que temos falado de relações e amizades que transcendem a vida.
Com isso, reafirmo que o amor de família, seja da que nascemos ou da que escolhemos para viver, é delicioso e precisa ser vivido por cada um à sua maneira. Então valorize esses laços e faça com que eles durem por muito tempo!
O autoconhecimento é a melhor forma de fazer os relacionamentos funcionarem.
Por isso, faça agora mesmo uma consulta e melhore a sua relação parental e conjugal!
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