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O que são arquétipos e qual a sua relação com a astrologia?

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Arquétipos

Arquétipos e Astrologia 🖤

Apesar do processo de transformação que a Astrologia passou nos últimos anos, o principal propósito da investigação dos trânsitos planetários continua sendo o mesmo: compreender a influência dos astros sobre a formação da nossa personalidade e sobre as oscilações de humor diárias.

Nesse sentido, alguns estudiosos buscaram outras teorias sobre a mente humana, que poderiam servir como um embasamento teórico para complementar a visão astrológica, como a Psicologia Analítica, fundada pelo psicólogo Carl Gustav Jung, que elaborou o conceito de arquétipo

Para compreender o que é arquétipo, é necessário partir de outro conceito junguiano que foi adotado por grande parte dos astrólogos: o inconsciente coletivo. Ele é a base da psique, considerado a sua camada mais profunda, que é composta pela herança das vivências das gerações anteriores.

Essas heranças formam as imagens arquetípicas, que são produzidas a partir de determinadas situações de cunho emocional, ou seja, a partir de algum acontecimento que sirva como gatilho para movimentar os conteúdos inconscientes. 

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Os conteúdos do inconsciente coletivo que são evocados por algo que nos afete emocionalmente são denominados arquétipos. Por mais que cada pessoa expresse as ideias arquetípicas de forma diferente, a sua essência é compartilhada por todo ser humano, independente do contexto histórico. Foi observando os temas em comum que são repetidos nas sociedades mais diversas (como as ideias de Deus, de mãe e de morte) que Jung percebeu que todos nós temos “princípios básicos” que formulam o inconsciente.

Na Psicologia Analítica, os arquétipos são considerados uma potência existente em cada um, mas que se expressa de formas diferentes de acordo com cada pessoa. De forma similar, na Astrologia, os planetas contidos no mapa astral são os mesmos para todos, mas influenciam cada indivíduo de maneira única.

Dessa forma, a teoria junguiana e a astrologia se encontram na crença de que há uma disposição natural em cada ser humano para ser o que é. Assim, Jung afirma que a astrologia traz as configurações simbólicas do inconsciente coletivo (que são os arquétipos). Na Astrologia, portanto, os arquétipos seriam representados pelos planetas e pelas constelações, que são forças inconscientes e, por isso, afetam a personalidade de cada indivíduo.

A partir da visão Junguiana, a Astrologia entende que todos nós estamos conectados pelo inconsciente coletivo, em maior ou menor grau. Os arquétipos nos permitem compartilhar ideias e sentimentos com pessoas de todo o mundo, mesmo que vivam em um contexto muito diferente do seu. Assim como a interpretação dos astros é considerada uma análise das predisposições pessoais, a compreensão dos arquétipos inconscientes nos permite analisar a forma como essas ideias coletivas afetam a personalidade de cada um. 

Através do mapa astral, nós mapeamos as energias que estão determinando nossos estados emocionais, os sintomas físicos e as pessoas e eventos que atraímos em nossa vida, o que têm relação íntima com o nosso inconsciente. Cada planeta que encontramos no mapa astral tem um papel correspondente aos arquétipos: Saturno se relaciona à figura arquetípica do “velho sábio e disciplinador”, Marte é referente à imagem do “herói” (que pode ser valente, imprudente ou medroso) e assim por diante. 

A Astrologia, os Arquétipos e a Mitologia

Não é preciso ter muito conhecimento em Astrologia para saber que os planetas e as suas “qualidades” são relacionados aos deuses gregos e romanos. Vênus, por exemplo, é o nome da deusa romana do amor (compatível com Afrodite, na cultura grega) e do planeta regente dos relacionamentos, do ponto de vista astrológico. 

Sendo assim, podemos enxergar uma relação entre os arquétipos, os planetas e os deuses da Grécia Antiga, que foram as divindades pensadas pelo homem primitivo para explicar a sua realidade. Os deuses, portanto, representam tanto forças da natureza (Poseidon, deus do mar), quanto noções psicológicas (Cronos, deus do tempo). 

A força dos arquétipos é tamanha que eles podem agir com certa independência em relação à consciência. Por isso, Jung afirma que o homem precisa fazer um trabalho de assimilação para ordenar a alma verdadeiramente, incluindo a porção inconsciente, que contém os arquétipos (além de outras estruturas).

Os mitos foram a primeira forma encontrada pelo homem para organizar o mundo e proteger a consciência das forças inconscientes. No momento em que as histórias mitológicas surgiram, o ser humano estava iniciando o processo de tomada de consciência e organização mental. Por isso, era necessário projetar os conteúdos inconscientes no mundo material, o que culminou na formulação de histórias que explicavam suas experiências. 

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Os fenômenos expressos nas narrativas míticas não são simples alegorias, mas sim expressões simbólicas do inconsciente coletivo, que a consciência humana conseguiu apreender através de projeções. Quando um conteúdo interno e inconsciente quer emergir para a consciência, ocorre a transferência de sentido para algum elemento externo. Os arquétipos, então, tomam forma apenas quando são projetados e isso ocorre a partir de situações que, de alguma maneira, servem como um gatilho emocional para que determinado motivo arquetípico e inconsciente seja relacionado há algo que está ocorrendo na realidade externa e consciente do homem.

Sendo assim, os signos estão representados por constelações zodiacais associadas a uma imagem mitológica, assim como os planetas, ou seja, cada área da nossa vida contém uma imagem arquetípica, sinalizando a força do arquétipo se expressando de diferentes formas.

Conhecer nosso mapa natal é uma forma de tomar consciência das energias arquetípicas que estão se manifestando em cada setor da vida. Dessa forma, o ego pode colaborar ativamente para a manifestação e a realização dos arquétipos, de forma benéfica para cada indivíduo em particular. Quando esse processo de assimilação não ocorre, os conteúdos arquetípicos tendem a se expressar de forma independente, tomando um espaço que deveria pertencer à consciência.

Beijos e até a próxima! 😘

Luna Couto.

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