Primordialmente, era costume das civilizações ancestrais utilizar o céu como guia para marcação do tempo, para a agricultura e também para a vida pessoal, sendo assim, a Astronomia e os Planetas astrologia foram consideradas como pertencentes à mesma área do conhecimento humano.
Atualmente, os planetas podem ser considerados como corpos celestes que possuem uma órbita estabelecida e, ao contrário das estrelas, não possuem luz própria.
Desse modo, foram determinados três requisitos básicos para caracterizar um astro como um planeta: sua trajetória deve ocorrer em torno de uma estrela, sua forma deve ser arredondada e, por fim, é necessário que a sua órbita não seja influenciada de forma direta pela força da gravidade de algum outro planeta, que modifique a sua órbita.
Por esse motivo, de acordo com o ponto de vista astronômico, o Sol e a Lua não são considerados planetas e, também com base nesses critérios, Plutão foi rebaixado a “planeta-anão”, por ser diretamente afetado por Netuno.
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Por outro lado, na Astrologia, que é considerada um conhecimento tradicional da humanidade, os conceitos de astro e planeta não são diferenciados – os estudos astrológicos se baseiam na atribuição de sentidos simbólicos ao posicionamento destes corpos, para compreender a possível influência deles em nosso dia a dia.
Sendo assim, a presença de Marte no signo de Câncer, por exemplo, tem um significado simbólico para um astrólogo, enquanto para o astrônomo Câncer se trata apenas de um conjunto de estrelas.
A Astrologia, por sua vez, definiu os signos a partir das principais constelações do nosso Sistema Solar e seguindo o ponto de vista da Terra, foi criada uma projeção virtual que determinou o “espaço de domínio” de cada um dos signos, que são geométricas e imutáveis, formando o círculo do Zodíaco e, por isso, eles não se alteram (o que ocorre com as constelações).
Dessa forma, a Astrologia utiliza o posicionamento dos astros para fazer dois tipos de análises principais:
A interpretação dos trânsitos astrológicos, que nada mais é do que a observação do movimentos dos astros com o intuito de identificar como eles influenciam o nosso cotidiano (com base no mapa astrológico do dia em questão);
A leitura do Mapa Natal, que consiste em uma mandala que representa o posicionamento dos planetas no círculo do Zodíaco no momento exato do nascimento do indivíduo.
Esse mapa possibilita a percepção de traços da personalidade, evidenciando as principais potencialidades a se desenvolver e os pontos mais desafiadores, que necessitam de certo esforço para serem integrados de forma saudável.
Independentemente da finalidade da interpretação (seja para analisar um Mapa Natal ou um trânsito astrológico), os planetas na astrologia possuem significados semelhantes:
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O Sol se relaciona com a essência individual de cada um, influenciando o nosso “poder vital” e o ego. Por esse motivo, o lugar onde esse astro circula no mapa evidencia as áreas da vida em que a pessoa tem mais chances de se destacar. Além disso, o Sol também rege as figuras masculinas mais importantes de nossas vidas e pode nos dizer, principalmente, sobre as relações paternas.
A Lua é o astro mais próximo da Terra e também o que se movimenta com a mais alta velocidade. Ela diz respeito à forma como lidamos com nossas emoções, tendo relação direta com as oscilações de humor diárias. Esse astro rege as figuras femininas que têm papel fundamental em nossas vidas, em especial a figura materna.
Mercúrio se relaciona com a nossa capacidade intelectual e com os processos comunicativos, além de influenciar os relacionamentos com a nossa família estendida: irmãos, parentes e vizinhos.
Vênus é considerado o planeta do amor, porque afeta todas as nossas relações afetivas, o que não inclui apenas os romances, tendo em vista que o amor também está presente entre amigos e no âmbito familiar. O campo de influência desse astro também abrange a sensibilidade e o senso artístico do indivíduo.
Marte é o planeta que influencia tudo aquilo que nos movimenta, nossos impulsos, vontades e instintos mais primitivos. A determinação e a agressividade são características relacionadas a este planeta, que sugere iniciativas enérgicas, mas também indica confrontos em potencial.
O posicionamento de Júpiter em um mapa astrológico determina a área da vida em que podemos ser mais expansivos, independentes e livres. Esse planeta é relacionado a viagens, a sorte, a autoconfiança e também a excessos.
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Saturno é, por muitos, chamado de “chaturno”, porque suas energias remetem à cobrança, responsabilidade, e à uma postura racional. Na verdade, toda a seriedade desse planeta evidencia inseguranças, porque ele se relaciona com a necessidade de controle para manter a segurança emocional.
Urano é o planeta das revoluções, das ideias originais e das iniciativas rebeldes. O posicionamento desse astro sugere as áreas da vida em que nos sentimos mais incomodados pelos padrões sociais e preconceitos vigentes, além de se relacionar com imprevistos e inconstâncias.
Netuno é o astro que se relaciona com a nossa potencialidade sonhadora e idealista, mas exatamente por isso também envolve ilusões e enganos. A intuição e a espiritualidade também são áreas de domínio desse planeta.
Plutão é considerado o planeta das transformações mais profundas que vivenciamos (em nível social e pessoas), que podem ser dolorosas, mas têm o intuito de evidenciar potencialidades que o indivíduo possui, mas que necessitam de certo esforço para serem afloradas.
Para facilitar a compreensão da influência dos astros em nossas vidas, eles foram divididos entre três categorias principais:
Ao analisar o simbolismo de cada um dos planetas pessoais é possível compreender o sentido da sua classificação: Sol (eu sou), Lua (eu sinto), Mercúrio (eu penso, eu falo), Vênus (eu me relaciono) e Marte (eu faço). A influência desses astros é percebida a nível individual devido à sua proximidade com a Terra e a rapidez do seu trânsito.
Júpiter e Saturno permanecem durante um e dois anos em cada signo, respectivamente. Isso significa que eles afetam diretamente o nosso papel em grupos sociais e, por isso, representam aquilo que é exigido para o bom funcionamento de uma sociedade: regras, leis, liberdade e a formação de grupos com os quais as pessoas se identifiquem.
Os últimos planetas do Sistema Solar: Urano, Netuno e Plutão são considerados transpessoais devido ao longo período de tempo em que permanecem em um mesmo signo (sete, quatorze e entre doze e trinta e dois anos, respectivamente).
Como o seu “domínio” é notável durante vários anos, esses astros influenciam o inconsciente coletivo e, consequentemente, seus efeitos são sentidos por muitas gerações.
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