Há muita confusão em nosso país a respeito de São Cipriano – o bispo de Cartago. Isso se deve ao fato de que ele viveu durante a mesma época que o famoso e conhecido feiticeiro Cipriano, que ao decorrer de sua vida abandonou a magia e virou também um mártir da Igreja Católica.
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Continue a leitura e descubra a diferença entre os dois Santos:
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São Cipriano merece destaque entre os fiéis católicos da América do Sul pois é um dos representantes latinos dentre os Santos. Ele nasceu com o nome de Táscio Cecílio Cipriano, se converteu ao cristianismo aos 35 anos de idade e em apenas 2 anos foi nomeado bispo. Cipriano desempenhou um importante papel na disseminação do catolicismo na região da África. Outro considerável ponto sobre sua contribuição à religião são os documentos e manuscritos que deixou, e que fazem parte de um importante acervo que comprova a fé e a expansão do conceito católico no mundo.
Diversas pessoas foram tocadas pela demonstração fervorosa de amor a Deus que o bispo pregava e assim, multidões o seguiam e eram conquistadas pelas suas palavras. Desta forma Cipriano chamou a atenção do Imperador Décio, que o perseguiu, aprisionou e torturou, encontrando sua morte em 258 d.C, defendendo sua crença e confiando na salvação eterna.
Cipriano se destaca também por defender a Igreja como uma unidade, onde ele afirmava que as pessoas só seriam capazes de compreender a Palavra e manter viva a chama da fé através da comunhão entre todos. Uma de suas mais famosas frases é: “Não há salvação fora da Igreja“.
Por este motivo ele foi reconhecido e recebeu posteriormente o tão merecido título de Santo. O dia de comemoração em seu nome é em 16 de setembro.
“Deus eterno e Todo Poderoso, que a Vossos pastores associastes São Cipriano, a quem destes a graça de lutar pela justiça até a morte, concedei-nos, por sua intercessão, suportar por Vosso amor as adversidades, e correr ao encontro de Vós que sois a nossa vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!”
“Pela Intercessão de São Cipriano, e todo o coro de Arcanjos, anjos, Santos e Profetas. Senhor eu lhe rogo que afasteis de mim, da minha casa, da minha vida e da minha família todo o mal, toda a inveja, todo o orgulho, todo o egoísmo!
Eu lhe suplico que esta pessoa (nome de quem traz algo ruim a sua vida) seja colocada em seu devido lugar, que ela deixe de perturbar a minha casa, a minha vida e a minha família. Que ela não seja nunca capaz de abalar a minha fé!
Eu lhe imploro, Senhor, pelos poderes de São Cipriano que intercedeis por mim nesta batalha! Que esta pessoa (nome) rompa eternamente os seus laços comigo, que perca a inveja, que perca o desejo de me fazer o mal e de me destruir. Amém!”
Cipriano de Antioquia, conhecido por seus feitiços e estudos do ocultismo, nasceu em uma família rica e pagã na cidade de Antioquia. Durante toda sua vida dedicou-se ao estudo da magia e ao conhecimento dos maiores mistérios universais como a Astrologia e Alquimia.
Até esse ponto podemos pensar que isso não é nada demais, pois conhecemos diversas pessoas que até mesmo aconselham e atendem através desse tipo de dom que possuem, os consultores online por exemplo podem esclarecer diversos pontos importantes em nossas vidas, e nos trazer benefícios para o corpo, espírito e alma, tudo de forma limpa e clara. Então, qual o problema com São Cipriano?
Temos que levar em consideração primeiramente a sociedade na qual ele estava inserido, (não permitia nenhum tipo de prática mística) que trata-se de meados de 200 d.C, outro ponto importantíssimo era o motivo e ações que Cipriano levava para praticar seus rituais e fazer uso do seu conhecimento. Ao contrário dos orientadores terapeutas, ele fazia magias negras que implicavam na vida de terceiros, na maioria das vezes para trazer o mal à esta pessoa.
Foi o amor de uma mulher, que mudou o comportamento de Cipriano e o fez enxergar o mundo e a espiritualidade de outra forma. Justina, uma jovem virgem e cristã, também nascida em Antioquia era motivo de desejo de vários jovens, principalmente do nobre Áglede. Mesmo possuindo autorização dos pais da moça para poder casar-se com ela, Justina não queria aceitar a decisão, pois não sentia em seu coração que esse era o desejo do Senhor.
Foi então que Áglede decidiu recorrer à magia de Cipriano, e o solicitou que fizesse um ritual de amarração, para que Justina o amasse por toda a vida. Para a surpresa do mago, todas as magias mais fortes que ele tentou usar, não funcionarão sobre a jovem, ele apelou até mesmo a um pacto demoníaco, só que também não houve efeito.
Assim, Cipriano descobriu que a bela se protegia em Orações e pedidos de ajuda a Cristo. Ele notou que por mais que se esforçasse, a proteção Divina era muito maior e assim, com a ajuda de um amigo cristão e com o coração tocado pelo Espírito Santo, ele aceitou o chamado e se converteu ao cristianismo.
Cipriano e Justina encontraram um no outro a fé para sustentar seus objetivos de vida e começaram então a realizar pregações juntos. Devido à sua sensibilidade que desenvolveu ao longo da vida, ele se tornou conhecido por conseguir se conectar melhor ao plano espiritual ereceber mensagens de fé e sábios conselhos. Quando a obra dos dois começou a movimentar uma grande população, o Imperador Diocleciano os capturaram e os torturaram para que se declarassem contra os ideias da Igreja e negassem a Jesus.
Sem sucesso em seu propósito, o Imperador então ordenou a decapitação de ambos em 26 de setembro, data que hoje é comemorado o dia dos dois Santos, canonizados por seus martírios em nome do catolicismo.
Livros com feitiços e rituais de magia negra são atribuídos a São Cipriano de Antioquia, os quais ele teria produzido antes de sua conversão. O mais conhecido é o Livro de São Cipriano da capa preta, o qual teve diversas páginas rasgadas pelo próprio autor quando ele abandonou o ocultismo para se dedicar à vida cristã.
São Cipriano de Cartago dedicou todo seu conhecimento à difusão da sabedoria católica na África, mantendo tudo sempre registrado, onde posteriormente todas as obras passaram a fazer parte do acervo mais importante da Igreja Católica.
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