Cristianismo

Saiba mais sobre o Terço e o seu poder de conexão com o Divino

O nome Terço nada mais é do que a definição da representação da terça parte do Rosário ( 15 dezenas). Ele é um dos instrumentos de fé mais conhecidos no cristianismo e sua origem até hoje é incerta, porque assim como as Escrituras Sagradas – que demoraram séculos até serem constituídas -, o Terço precisou de um período extenso para ser estudado e chegar então a sua forma eficaz. Ou seja, foram diversos momentos na história da Igreja que se passaram até que chegassem em uma composição assertiva sobre a disposição das Orações que o constituem..

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Por isso, é certo dizer que ele é um dos vínculos mais lindos e puros entre a humanidade e Deus, pois através do desenvolvimento da humanidade, ele foi sendo modificado com base em um profundo estudo com o intuito de atingir a salvação dos homens.

Orações importantes e como foram constituídas

Índice do Conteúdo

O Terço é constituído de Orações Sagradas que emanam energias fortes e que colocam as pessoas em contato com o seu “eu puro” e assim atingem facilmente de maneira mais respeitosa a direção correta para fazerem seus pedidos e agradecimentos.

As Orações que compõem o Terço são:

Ave-Maria

Tudo começou com a saudação do Arcanjo São Gabriel à Virgem de Nazaré, que dizia:

“Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo” – Lc 1,28

Depois, a continuidade se deu nas palavras do Espírito Santo:

“Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre” – Lc 1,42

O restante da Oração foi elaborada pelo Papa São Celestino, no Concílio de Éfeso que definiu que a Virgem Santíssima é a verdadeira mãe de Jesus Cristo e por isso, constituiu:

“Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte”

Oração

“Ave Maria cheia de graça
O Senhor é convosco,
Bendita sois Vós entre as mulheres,
E bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.

Santa Maria, Mãe de Deus,
Rogai por nós pecadores,
Agora e na hora da nossa morte.

Amém!”

Pai-Nosso

Também com suas origens nas Escrituras, foi Jesus Cristo quem ensinou a Oração do Pai:

“Eis como deveis rezar: Pai nosso, que estais no céu, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso Reino; seja feita a Vossa vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos aos que nos ofenderam; e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal!”(Mt 6, 9-13; cf. Lc 11, 2-4).

Creio ou Credo

Conhecido como “Símbolo dos Apóstolos”, esse nome vem justamente porque sua origem é nos Apóstolos, como no começo dos tempos a propagação da fé era muito difícil, pois não havia muitos escritos, os fiéis eram chamados a fazer oração para comprovar e entonar sua fé.

Diversos Santos, como Santo Agostinho diziam:

“Todo cristão é obrigado a saber o símbolo dos Apóstolos de cor.”

“Quem não se empenha em aprendê-lo, torna-se gravemente culpado.”

“O símbolo é a renovação do pacto concluído com Deus no Batismo.”

Oração

“Creio em Deus Pai Todo-Poderoso, criador do céu e da terra. E em Jesus Cristo, seu único Filho Nosso Senhor, que foi concebido pelo poder do Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria , padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado, desceu a mansão dos mortos, ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos Céus, está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e mortos. Creio no Espírito Santo. Na Santa Igreja Católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna. Amém.”

Como rezar o Terço

Para inciá-lo antes de começar o Terço, faça o sinal da Cruz, e em seguida ofereça o Terço:

“Divino Jesus, nós vos oferecemos este terço que vamos rezar, contemplando os mistérios da nossa Redenção. Concedei-nos pela intercessão de Maria, vossa Mãe Santíssima, a quem nos dirigimos, as virtudes para bem rezá-lo e a graça de ganharmos as indulgências desta santa devoção. Oferecemos particularmente (diga o que deseja).”

Então, começa-se o Terç oda seguinte maneira:

  1. Rezar o Credo na pequena Cruz;
  2. em todas as bolas maiores reza-se o Pai-Nosso;
  3. em todas as bolas menores reza-se a Ave-Maria (as dezenas);
  4. ao final de cada dezena, reza 1 Glória ao Pai: “Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre. Amém!”;
  5. recite a jaculatória após cada Glória ao Pai: “Ó meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas para o céu e socorrei principalmente as que mais precisarem”.
  6. Infinitas graças vos damos, Soberana Rainha, pelos benefícios que todos os dias recebemos de vossas mãos liberais. Dignai-vos, agora e para sempre tomar-nos debaixo do vosso poderoso amparo e para mais vos agradecer, vos saudamos com uma Salve Rainha:

    “Salve Rainha, Mãe de misericórdia, vida e doçura, esperança nossa Salve! A vós bradamos, os degredados filhos de Eva; a vós suspiramos gemendo e chorando neste vale de lágrimas. Eia, pois, advogada nossa esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei, e depois deste desterro nos mostrai-nos a Jesus, bendito fruto do vosso ventre, ó Clemente, ó Piedosa, ó Doce, sempre Virgem Maria. Rogai por nós, Santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém”.

Para uma Oração do Terço mais completa, é necessário conhecer as meditações do Santo Rosário, que são atribuídas de acordo com os dias da semana para quem reza o Terço todos os dias, ficando caracterizados como:

  • Segunda e Quinta: Mistérios Gozosos;
  • Terça e Sexta: Mistérios Dolorosos;
  • Quarta, Sábado e Domingo: Mistérios Gloriosos;
  • Quinta: Mistérios Luminosos.

Essas meditações são pausas de reflexões que a pessoa deve ter sobre cada momento de demonstração de fé e amor que Deus, Nossa Senhora e Jesus Cristo tiveram com todos, portanto eles são compostos com os seguintes temas em cada Mistério:

Os Mistérios Gozosos

I – Anunciação: contempla-se a Anunciação do Anjo, sobre a vinda do filho do Senhor e o ato que é a Encarnação do Verbo;

II – Visitação: corresponde a visitação de Maria à usa prima Santa Isabel que a reconhece como a “Bendita entre todas as mulheres”;

III – Nascimento de Jesus:

IV – Apresentação de Jesus no Templo e Purificação de Nossa Senhora: Maria coloca o Menino Jesus nos braços do ancião Simeão – responsável pelo Templo -, que reconhece o filho da Santa: “Ele é a salvação preparada para todos os povos, luz que deve iluminar os pagãos e gloria do povo de Israel.“;

V – Encontro de Jesus no Templo e vida oculta em Nazaré: reflexão sobre como deve-se manter a fé e o amor por aquilo que se acredita, sem se desviar do caminho, pois a paciência trará os melhores frutos.

Os Mistérios Dolorosos

I – Agonia no Horto das Oliveiras: reconhecimento da dor que Jesus passou no Horto das Oliveiras por todos os homens;

II – Flagelação: aceitação da missão maior destinada pelo Pai, e reconhecimento da preciosidade de Sua vontade;

III – Coroação de Espinhos: entendimento de que a humilhação estabelecida pelos homens mostra como o amor de Deus é maior pelo seu Filho, que o ama de coração sincero, e que todos os homens possam aprender através de seus erros que o verdadeiro caminho está nas mãos do Senhor e no amor de Cristo por todos;

IV – A Cruz nos ombros: demonstração de confiança e gratidão pela paixão de Cristo ao se entregar a tamanha provação por consideração a todos, pois para ele, todos os homens são seus irmãos;

V – Morte na cruz: concretiza-se assim o que o Pai havia determinado, que sua misericórdia pelos homens seja sempre lembrada e que o amor Divino de Jesus seja espalhado a todos os cantos.

Os Mistérios Gloriosos

I – Ressurreição: como dito nas Escrituras, o Messias ressuscita ao terceiro dia, pois assim o Pai determinou;

II – Ascensão: Jesus volta ao lado do Pai, e está sentado a sua direita, que todos consigam encontrar em sua compaixão pela humanidade a força para realizar seus sonhos;

III – Pentecostes: é a Santidade do Messias dentro da Igreja para sempre, representado pelo Espírito Santo agindo sobre os Apóstolos e Nossa Senhora;

IV – Assunção: é a afirmação sobre o amor de Mãe Divina de Nossa Senhora, e o seu poder de interceder por todos os seus filhos de fé;

V – Coroação no céu: Maria é efetivamente decretada como a Rainha do Céu e da Terra.

Os Mistérios Luminosos

I – O Batismo: contempla-se a vinda do Espírito Santo e o batismo de Jesus Cristo nas águas do Jordão;

II – Autorevelação: é o reconhecimento das Bodas de Caná – primeiro milagre de Cristo expresso na Bíblia, onde ele transforma água em vinho- com a intercessão de Maria;

III – Anúncio do Reino de Deus: este é um convite para acreditar em Deus e no amor de Cristo por todos;

IV – Transfiguração de Jesus: episódio do Novo Testamento onde Cristo se torna como uma luz no alto de uma montanha. Nessa passagem, Jesus é reconhecido por 3 de seus Apóstolos como o verdadeiro Filho de Deus;

V – Instituição da Eucaristia: simboliza a comunhão, que pode ser representada por exemplo na Santa Ceia.

O Terço é uma fração do Rosário que permite que todos os homens possam se conectar com o Divino, e assim buscarem pelo o que desejam por meio da misericórdia do Senhor, encontrando em sua Luz o mais puro e profundo amor pelos braços de Cristo e Maria.

 

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Redação iQuilibrio

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