Estamos nos aproximando de uma data muito especial, é o dia de proteção às florestas, um momento para pensar e reconhecer a indiscutível importância das florestas para a manutenção dos ciclos naturais e da vida, tanto dos humanos, quanto da fauna e da flora.
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O que está ao seu alcance para proteger e trazer a consciência do cuidado com as florestas no dia a dia? Para os brasileiros é importante se manter antenado nas discussões políticas que têm ocorrido em torno dos assuntos referentes aos biomas brasileiros.
Pois nem tudo o que é proposto visando o avanço da agropecuária, ou a melhoria da colheita de grãos, fará bem às florestas e aos nossos descendentes. Já que para alcançar tais objetivos, é necessário derrubar a floresta.
Nos da iQuilibrio, acreditamos no poder da natureza, acreditamos na vida e na força da natureza que tanto nos auxiliam desde que o mundo é mundo. Por isso, hoje queremos falar com você sobre a importância da floresta para a espiritualidade e o equilíbrio da vida de modo geral.
A natureza, assim como nós, é a manifestação do poder e do amor do universo, as árvores são como um filtro para retirar do ar o carbono que seres humanos não podem respirar, elas filtram o ar e armazenam o carbono em si mesmas. Além disso, os rios e nascentes são responsáveis pelos ciclos das chuvas que abastecem as represas das grandes cidades.
Ter consciência da importância de cada elemento de uma floresta é importante para que saibamos reconhecer o quanto precisamos cuidar e mantê-las.
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Tudo a ver! Já falamos algumas vezes aqui no blog sobre como podemos utilizar a energia que vem do solo e da água para fazer magias, para trazer de volta o equilíbrio para dentro de nós.
Além disso, reconhecemos toda a importância das plantas, tanto para fins mágicos, quanto para fins medicinais.
Para o autoconhecimento, também frisamos muito a importância do contato com a grama, com os campos, o canto dos pássaros, o toque e o som da água e do vento. Tudo isso serve para nos fazer deixar de lado toda a turbulência que carregamos em nosso dia a dia, para nos conectar com aquilo que importa de verdade, a mãe natureza, e seus poderes.
A espiritualidade jamais pode ser resumida ao trabalho apenas nas esferas espirituais da vida, mas sim ao entendimento de que tudo o que nos cerca serve para estruturar o espiritual.
Por exemplo, o que adianta você usufruir de todo o poder da natureza em seus rituais com plantas, fogo, e outros materiais se no final você simplesmente descarta tudo no lixo ou na natureza, ao invés de reaproveitar o que é possível, como utensílios, velas, panos, etc.
Para o dia de proteção às florestas, comece agindo com consciência ao descartar as sobras das suas simpatias e rituais, sempre respeitando a natureza que te concedeu todos esses recursos.
Infelizmente não é um costume falar sobre as mitologias, crenças e lendas das florestas brasileiras. Já falamos sobre os seres elementais, sobre gnomos, Leprechaun, e outros tipos de lendas e imaginários que não fazem parte do nosso repertório cultural.
Mas achamos um momento maravilhoso para falar sobre o folclore brasileiro, e relembrar o poder que os ancestrais atribuíram à nossa floresta! O folclore e o imaginário brasileiro sobre seres mitológicos das florestas é grande, portanto, citaremos aqueles que têm uma relação mais íntima com a floresta e as matas.
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Apesar de a origem da lenda da Cuca, ou “bicho papão” ser portuguesa, ela desde muito tempo faz parte do imaginário brasileiro. A Cuca é conhecida como uma feiticeira, uma mulher com aparência muito atípica por causa da sua cara de jacaré.
Segundo as histórias mais tradicionais, ela vive em uma caverna no meio da floresta, e lá faz feitiços em seu grande caldeirão. As histórias enfatizam que a Cuca rapta crianças que se perdem na floresta, o que faz ligação com a história de João e Maria.
Essa personagem do folclore brasileiro, representa o contato da espiritualidade com os poderes dos elementos naturais e o contato com a natureza, embora sejam propagados apenas os aspectos ruins da Cuca, ela é excelente com as poções que faz
o Curupira é um nome de origem Tupi-Guarani, e significa “corpo de menino”. A história em torno desse personagem é de que ele tem cabelos vermelhos como fogo ardente, e os pés virados para trás. É muito travesso, contudo, as suas travessuras tem um motivo muito especial.
Em suma, a lenda do folclore brasileiro sobre o Curupira diz que ele é o principal guardião da floresta, de toda fauna e flora. Então, quando aparecem invasores na floresta, que querem destruir ou roubar as coisas da natureza, o curupira os engana com as pegadas ao contrário, assobios.
Essas táticas servem para confundir e aterrorizar os exploradores, até que caiam em armadilhas, ou que fujam de tanto medo, deixando a floresta em paz. Que guardião maravilhoso!
A mula sem cabeça, embora não tenha uma relação direta com a natureza, pode ser citada aqui por causa do teor cultural que existe em torno dessa lenda. É sobre uma mulher que recebe uma maldição após se entregar para uma Padre.
A sentença que ela recebeu foi, se transformar num animal violento que no lugar da cabeça tivesse fogo. Mas apesar de não ter cabeça, pode-se ouvir os relinchos e soluços da mula. Ela se transforma ao pôr do sol de quinta-feira e retorna ao normal no amanhecer de sexta-feira.
O interessante é imaginar como essa lenda surgiu no sertão brasileiro e qual a influência dessa lenda nas aldeias afastadas que acreditavam na existência da Mula sem cabeça.
Primordialmente, o Boto é conhecido por outro nome, Uauiará. A história atribui ao boto os poderes e o respeito de um Deus. Se originou no meio da floresta amazônica, onde o Deus se tornou “amante” das índias.
Segundo as lendas, o Boto assume uma forma humana, de um homem belíssimo, durante as festas juninas. Com a forma humana e muito atraente, ele seduz as índias para o fundo de um rio para se acasalar com elas. É uma história bem pesada.
Por isso, no meio das aldeias que acreditam na história do Boto, ele é conhecido como pai de todas as crianças de pai desconhecido. Além disso, Boto é uma figura que protege o equilíbrio das águas dos rios dentro da floresta amazônica.
A Iara provavelmente é a mais conhecida e difundida personalidade do folclore brasileiro. Também é conhecida como Deusa dos mares, ou como seu próprio nome diz “Senhora das águas”.
A história diz que Iara antes de se tornar sereia, era uma bela índia que causava muita inveja em muitos ao seu redor, inclusive em seus irmãos. Por causa disso, eles resolveram se armar e tentar tirar a vida dela. No entanto, foi ela quem os matou.
Depois disso foi condenada a ser lançada no encontro dos rios solimões e rio negro. No entanto, ela não morreu, mas se transformou numa sereia que agora atrai homens com seu canto poderoso e encantador, para o fundo do mar a fim de os matar.
Em outras vertentes da lenda, Iara é conhecida como Iemanjá, a Deusa dos mares para quem muito se dá oferendas nas praias, rios e cachoeiras, pedindo por renovo e até proteção para novos ciclos.
Boitatá também vem de origem Tupi-Guarani e significa “serpente de fogo”, sua história diz sobre uma serpente gigantesca que parece ser feita de fogo, cujo objetivo é proteger os animais da floresta e proteger as matas.
Algumas versões da lenda dizem que ele vive nos rios, mas se torna como um bastão ardente que queima aqueles que tentam incendiar as florestas ou maltratar os animais. A sua história foi registrada pela primeira vez por um Jesuíta chamado José de Anchieta.
Contudo existem muitas variantes dessa história, e a primeira narrativa do jesuíta, já sofreu muitas alterações. O fato que importa é que Boitatá é mais um dos grandes protetores das florestas brasileiras.
Protetora dos animais e guardiã das florestas. O significado de seu nome é “habitante do mato”. Seu poder permite com que ela sinta a intenção dos homens que entram na floresta, se acaso perceber que alguém entrou com a intenção de ferir a floresta ou os animais, ela os aterroriza com gritos e armadilhas.
A sua aparência é de uma índia anã com cabelos e corpo vermelhos, orelhas pontudas e olhos escuros. O seu poder permite que ela ressuscite e domine os animais. Segundo as lendas ela se move montada sobre um porco do mato e adora fumar, quem quer agradá-la pode deixar um punhado de fumo ao pé de uma árvore e desde que tenha boas intenções com a floresta, ela não perseguirá você.
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Além do imaginário popular que são as lendas do folclore brasileiro, para o dia de proteção às florestas é importante citar também a importância e contribuição dos indígenas para a manutenção, equilíbrio e proteção das florestas.
Os indígenas que vivem dentro das principais florestas brasileiras são o motivo de grande parte delas ainda não ter desaparecido, infelizmente a linha que separa as florestas da destruição e desmatamento é muito tênue e está em risco.
Uma forma muito legal que temos para entender a contribuição da cultura e sabedoria indígena do nosso país é olhar para as pessoas de mais idade que estão à nossa volta, o conhecimento popular a respeito da saúde e técnicas para lidar com roupas e alimentos, por exemplo, são em sua maioria provenientes da sabedoria popular do índios.
Tem pessoas em minha família que são mais avançadas em idade, e que tem uma sabedoria imensa em relação à chás e plantas medicinais. Muitas vezes são pessoas pouco letradas mas que guardam uma sabedoria que receberam de seus antepassados.
Infelizmente com o avanço da modernidade e suas tecnologias, esses conhecimentos populares voltados à natureza tem desaparecido, por isso quando temos alguém que domine algumas técnicas assim, é importante valorizarmos e até separarmos um caderninho para anotar tudo o que pudermos aprender e continuar mantendo vivo esse costume de séculos, que é recorrer à natureza para a cura e o alívio de doenças.
Que o dia de proteção às florestas possa ser marcante em sua vida, reconheça a importância das florestas para a nossa sobrevivência e faça a sua parte para manter viva a fonte das nossas melhores energias!
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