Quando a mulher concebe uma criança, tem ali muito mais que um filho ou uma nova vida. Os filhos na visão espírita são como um vaso vivo a ser preenchido com experiências, emoções e aprendizados.
Os filhos são companheiros de evolução que são colocados temporariamente sob os cuidados dos pais. Aqui, a finalidade é ajudar ambos a concretizar o próprio desenvolvimento na vida terrena. Logo, o crescimento e o aprendizado são mútuos: filhos aprendem com os pais e, sim, os pais também aprendem com os filhos.
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Sabe quando a harmonia entre os espíritos é quebrada? Ou seja, quando ainda existe um assunto mal resolvido ou se precisa evoluir em algum aspecto. Nesse caso, a Lei da Causa e Efeito promove uma oportunidade de reacerto.
Dessa forma, podemos entender que os filhos na visão espírita estão intimamente ligados com os pais. Muitas vezes, isso acontece por laços no passado, independentemente de terem laços consanguíneos ou serem adotivos. Aliás, falamos sobre isso no artigo sobre filhos adotivos na visão espírita.
Quando existe um compromisso cravado em vidas passadas, esse novo reencontro na Terra vem para que ambos reconheçam suas falhas. Com isso, eles têm a oportunidade de se redimir e aprender.
Por exemplo, uma mãe muito permissiva, que transformou a criança em um adulto mimado e arrogante, precisará corrigir esse problema. Ou seja, é natural que, na próxima reencarnação, ela venha como mãe de uma criança cheia de culpa. Assim, ela ajudará a sair dessa situação que ela mesma o colocou em vidas passadas.
Segundo o espiritismo, pode ser que o filho de agora nunca tenha convivido com essa mãe no passado, mas ele pode ser um espírito que carrega toda uma bagagem complexa que essa mãe precisa ter ao lado para aprender e vice-versa. Os filhos na visão espírita vem como uma grande lição e uma grande oportunidade de crescimento e amadurecimento espiritual.
É por essa razão que os filhos na visão espírita têm esse vínculo tão forte com os pais, mas nem sempre serão porque tenham convivido no passado, mas porque carregam os mesmos tipos de débitos ou virtudes.
Tornar-se mãe é um desejo de muitas mulheres, já para outras a gravidez vem de maneira inesperada e com alguns receios. De um jeito ou de outro, o fato é que ter filhos, segundo o espiritismo, é um compromisso importante, pois através da reencarnação aquele espírito pode evoluir.
O amor maternal é um sentimento que muitos consideram instintivo e natural, que se desperta na maioria das mulheres e é capaz de ultrapassar grandes barreiras. A realidade é que esse amor tão bonito na verdade é uma virtude a ser conquistada e não um instinto, como se pensa.
Sabendo isso, fica fácil entender que existem mães que amam e outras que não amam seus filhos. Quando se propuseram a reencarnar como mães, esses espíritos sabiam o que estaria por vir.
Elas sabiam que precisariam amar no lugar de odiar, renunciar os prazeres egoístas em prol de outro ser, fazer sacrifícios com prazer para conquistar o amor e elevar o espírito. Porém, nem todas estavam preparadas, assim como seus filhos podem não estar preparados para receber esse amor.
Os filhos na visão espírita, quando não são amados por suas mães, é porque tiveram com elas relações de muitos conflitos em vidas passadas. Os sentimentos aversivos podem muitas vezes aflorar de ambas partes dificultando esse amor e essa evolução. Essa é uma dificuldade que pode aparecer e que também pode ser vencida e o prêmio nada mais é que a evolução espiritual.
A virtude do amor maternal pelos filhos na visão espírita, se dá por meio do amadurecimento espiritual, doação e da plena consciência da possibilidade de não ser retribuída. Entretanto, o amor desmedido, em excesso também não é benéfico.
É compreensível que essa mãe confunda seu laço com posse, afinal ela gerou essa vida que por muitas vezes enxergou como uma extensão do próprio corpo e alma. Contudo, os filhos na visão espírita não podem ser confundidos com patrimônios, pois são seres independentes e com jornadas distintas.
Todas as formas de relação são regidas por uma determinada ação para que exista uma evolução. A relação entre irmãos é baseada no respeito, a relação conjugal é baseada na tolerância e a relação entre mães e filhos segundo o espiritismo, é a compreensão. E é preciso amor, sabedoria e paciência para construir esse vínculo tão importante.
É provável que você tenha ouvido muitas queixas sobre filhos rebeldes e ingratos ou até mesmo esteja nessa situação e queira saber como chegou a este ponto. Como dito anteriormente, os filhos na visão espírita não são de seus pais, são filhos de Deus e estão temporariamente sob a tutela de uma mãe e de um pai que estão nesse plano terreno para orientá-lo da melhor forma possível.
Além disso, também mencionamos que esses espíritos reencarnam com a finalidade de evoluir e melhorar aspectos de vidas passadas e que escolhem onde querem nascer devido a um vínculo. Dessa forma, podemos entender que a ingratidão e a rebeldia de um filho na visão espírita nada mais é que obra, em vidas passadas, dos próprios pais.
Quando o espírito está carregado de ódio e vingança, ele abomina a ideia do perdão. É com muita meditação e preces que ele repensa suas atitudes e pede para retornar em um novo corpo de uma família que ele possua algum vínculo a fim de buscar progresso. Essa busca inclui compreender que gratidão não pode ser imposta, precisa vir do coração. Aliás, já mencionamos isso nessa matéria sobre gratidão.
De acordo com o planejamento reencarnatório, esse filho ou essa mãe surgem para reparar essas faltas e aprender. De um lado temos filhos que de uma forma inconsciente podem ter repulsa pelos pais e de outro temos uma mãe na missão de educar, corrigindo desvios próprios e dos filhos.
A maior lição que fica é de que todos nós, como irmãos que somos, devemos saber dar e receber amor. Que é nessa troca que vai surgir o crescimento recíproco, através de um lar amoroso que possibilita a busca pela felicidade.
É sempre bom agradecer essa chance de crescimento em família e também é importante pedir proteção. E é por isso que separamos essa matéria sobre oração da Família para você ler e se sentir acolhida.
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