Os livros de espiritualidade são verdadeiras muletas. Quando estou com a cabeça fora de mim e preciso me conectar com sentimentos e sensações, vou logo buscar as coisas que despertam tais alimentos para a alma.
Mas e se eu te disser que nem todos os livros são (necessariamente) de uma abordagem espiritual direta?
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Pois, a minha relação com entretenimento vai desde me distrair, até deixar uma possível obra moldar o meu caráter.
Desde que, e somente se ela falar comigo, me despertar sensações, que por muitas vezes, são edificantes e estimulantes, e que sem dúvida ajudam a alimentar a minha criatividade e gosto por histórias.
Podem ser:
Enfim, meu lema é “me conte uma história”. Pois eu vou me interessar por ela, e certamente as diferentes mídias usam de seus recursos para construir casos e personagens dignos da minha ou da sua atenção.
Portanto, neste artigo eu vou usar do recurso primordial (a escrita) para listar livros de espiritualidade, mesmo que eles não sejam objetivamente espirituais, mas que na minha interpretação servem mais que muito livro de autoajuda por aí.
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O primeiro, talvez o mais especial livro sobre espiritualidade que li, foi o diário de um mago, de Paulo Coelho.
Nele, temos a história do próprio Paulo buscando a sua “espada”, e por meio desta jornada, ele é acompanhado por um peregrino, e juntos, partem pelo caminho de Santiago de Compostela.
Essa história é especial para mim pois conta com um Paulo muito jovem, imaturo e impulsivo. Decerto me identifiquei com seu imediatismo no mundo da magia e na tradição.
Mas logo a história se mostrou uma jornada mais importante do que pela sua espada, e se transforma numa odisseia de reflexão das coisas comuns da vida, como por exemplo:
São inúmeras as simbologias deste livro que nos leva a ver que o caminho para a felicidade está nas coisas banais, e as pessoas reais são os “Joãos” e “Marias” do nosso cotidiano.
Viva uma vida livre de amarras e tenha hoje mesmo a sua liberdade para a sua peregrinação!
A espiritualidade é o caminho que conversa com todos os nossos instintos, e por meio dela, criamos os freios para não pecar…ou pelo menos tentar.
Cain, um mistério de Lord Byron, é um livro em formato de poema dramático, e nesta estrutura narrativa, passamos quase a jornada toda vendo um diálogo entre Cain e Lúcifer.
O encanto do anjo caído sob a ambição de Cain em ser maior e merece mais amor é claramente baseado na bíblia, mas a abordagem deste poema é o lado mais humano do personagem.
Como se nós fossemos o próprio Cain, e estivéssemos a “um sussurro” de cometer uma calamidade.
Decerto, a angústia dessa história está na tentação, onde Cain é seduzido pelas belas palavras de Lúcifer. E nos trás uma reflexão junto a nossa espiritualidade. O quão próximos nós estamos de cometer nosso mais terrível pecado?
“O que teu mundo é estás vendo; nem podes compreender a sombra do que ele foi” – Lúcifer
O “destino” é um mito que, decerto, se apresenta das mais inesperadas formas. Pelo menos é a impressão que tive ao ler o belíssimo o elixir da longa vida, de Conde Rochester.
Este livro é um romance espírita, e a produção de sua história foi por meio da psicografia da médium Wera Krijanowskaia, responsável por psicografar a série da “morte do planeta”, também vinda do Conde Rochester.
Certamente é um dos livros espirituais mais emocionantes que li na minha vida, onde tudo começa uma tragédia batida a porta do médico Ralph Morgan. Que ao receber a notícia de que está com câncer, parte na busca por uma cura, ou pelo cálice que contém o elixir da longa vida.
Contudo, a história tem uma abordagem reflexiva a todas as falsas felicidades:
Sobretudo, o destino se mostra em meio aos misticismos e fundamentos espíritas para completar a história. E prova que um verdadeiro amor, pode ultrapassar todas as linhas do absurdo, as camadas de realidade, as reencarnações e até mesmo a imortalidade da alma.
A imortalidade já foi um sonho para alguém em algum momento, e é sobre ela que se trata o livro entrevista com vampiro de Anne Rice.
Na obra, o vampiro Lui é acompanhado de seu carma Lestat, e nesta união vemos os opostos lidando com a imortalidade de jeitos diferentes.
Lestat, ama a vida intensa e sem limites de ser um vampiro, enquanto que Lui não se satisfaz com as noites regadas a vinho…quero dizer, sangue.
Portanto, o questionamento espiritual aqui nos traz a reflexão da imortalidade como uma maldição! E por ela, interrompemos o ciclo da vida, o que torna ela tão saborosa e faz cada momento ser único.
O próximo livro que vou comentar é o clube do filme de David Gilmour (não, não é o guitarrista do Pink Floyd)
Este entra na categoria de livros espirituais pois nos apresenta um pai e um filho, cuja relação está bem desgastada, principalmente após a perda da mãe.
Certamente, este foi o capítulo autobiográfico de David, já que a história é sobre sua relação com o seu próprio filho durante uma fase bem complicada.
Na narrativa, ele dá ao garoto de 15 anos o direito de fazer o que quiser de sua vida, desde que eles se reúnam uma vez por semana para ver filmes juntos. Isso, somado ao fato de David ser crítico de cinema, cria uma relação de construção com o filho, onde por meio deste compromisso, faz com que eles sejam bons amigos enquanto assistem aos clássicos do cinema.
Reate os laços e entenda a sua família! Pois é com ela que mora a nossa primeira felicidade.
Talvez o sentimento mais conflitante quando se trata da espiritualidade seja o medo. Pois ainda há muitos preconceitos com obras que têm o horror como um meio de contar histórias incríveis.
Decerto, a relação com o desconhecido faz parte da nossa jornada espiritual, e foi com o livro coração condenado de Clive Barker, que tive contato com o horror interdimensional.
Na história, temos uma corrida contra o tempo, onde a protagonista Kirsty desconfia de sua madrasta Julia de estar traindo o seu pai. Mas na verdade, estava trazendo homens para ajudar a alimentar o espírito maligno de seu amante, que havia fugido de uma dimensão obscura.
Contudo, a intervenção se dá pelas estrelas da festa, os cenobitas que são seres espectrais capazes de transformar prazer em dor e vice-versa.
Enfim, esta obra fala muito sobre a nossa relação de carne, sensações de prazer e como elas podem se tornar uma verdadeira tortura.
Este dispensa apresentações!
O meu livro de fantasia favorito, que carrega consigo o valor cristão de seu autor J.R.R. Tolkien. Mesmo sendo suspeito para falar, eu afirmo que este livro possui uma característica espiritual edificante. Onde a jornada do hobbit Frodo se mostra uma provação em meio a várias desgraças do mundo.
Tudo aquilo que está presente no nosso mundo, e de forma não alegórica, Tolkien criou uma história no seu próprio universo. Dando lições de amizade e esperança em tempos sombrios.
O senhor dos anéis pode assustar pelo seu tamanho, são aproximadamente 1200 páginas com os apêndices, mas pode confiar, é um dos grandes livros de desenvolvimento espiritual.
Indo novamente para o terror, lembro de um livro que me fez sentir muito mal pelo modo em que a protagonista era tratada. Estou me referindo a Carrie, a estranha de Stephen King.
Por mais que esta seja uma história num formato “documentado”, o livro (ao contrário do filme) mostra Carrie como uma garota extremamente vulnerável. Sofrendo bullying das piores maneiras possíveis dentro de um ambiente escolar e em sua casa.
Na história acompanhamos o seu processo de crescimento, a partir de sua primeira menstruação, ela percebe que seu corpo passa por mudanças, mas estas seriam mais “estranhas” do que para uma garota comum, pois Carrie possui poderes telecinéticos.
Por fim, a conclusão desta história é uma verdadeira catarse, mas a história traz consigo um questionamento sobre empatia, será que tratamos as pessoas como elas merecem? ou ao menos com o mínimo de respeito?
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O que é empatia? Um papo sobre colocar-se no lugar do outro – iQuilibrio
Uma prostituta, deitada sem vida, com a letra “P” marcando o seu rosto. Esta é a abertura do thriller policial, a grande arte de Rubem Fonseca.
Na história o advogado Mandrake entra no submundo do crime para investigar uma série de assassinatos, e por meio de sua busca, a jornada vira uma vingança pessoal. Pode parecer terrível, não é mesmo?
Mas saiba que a grande arte é uma história de superação, de investida contra os medos do protagonista em meio aos seus próprios demônios, dúvidas e insegurança.
Contudo, esta é a história de um homem acostumado com a burocracia, que se vê tendo de resolver seus conflitos com a frente de alguém desprovido de um diploma, ou sem a balança da justiça.
Certamente esta jornada me tocou pelas façanhas de Mandrake, um homem culto sendo um bárbaro, tendo que fazer aquilo que repreende para conseguir o que deseja. Trazendo assim, o levantamento espiritual da ampliação de nossas capacidades, sem contar que mesmo sendo excelentes em nossos costumes, sempre podemos ser mais.
Enfim, a conclusão desta história é um dos desfechos mais impressionantes que Rubem Fonseca já escreveu em toda a sua carreira.
Para encerrar o nosso artigo, quero recomendar fortemente o livro a batalha do apocalipse de Eduardo Spohr.
Este livro foi uma das maiores experiências literárias que tive ao se tratar de fantasia, e por meio dele conheci o anjo Ablon, um general renegado dos céus que se vê tendo de cumprir sua missão enquanto chega o tão temido apocalipse bíblico.
Certamente, essa história pega os elementos da bíblia e se transforma numa jornada que corre o mundo inteiro, desde o inferno até o Brasil(onde passa a maior parte de sua história).
Enfim, a batalha do apocalipse é um livro espiritual emocionante, cheio de nuances e reviravoltas, onde os anjos se mostram seres cruéis e duvidáveis mas que com a profecia do fim do mundo se mostram inferiores diante de uma força maior.
Devo dizer que foi um prazer revisitar cada um desses livros que tanto gosto, e espero ter despertado em você a vontade de ler pelo menos um deles. Por fim, saiba que a ótica espiritual não precisa estar presa somente a livros de espiritualidade ou conteúdos deste tema, pois você mesmo pode aprender a enxergar a simbologia nas obras que você gosta.
Nos vemos no próximo artigo!
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