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Momento de reflexão: um estudo do Salmo 35

35 salmo

O estudo do Salmo 35 da Bíblia Sagrada além de ser uma lamentação, é também composto de palavras inocentes de uma grande declaração, se relaciona muito com o Salmo 94. É um poema composto por Davi, que dá uma grande enfase aos seus inimigos. Esse Salmo tem sido conhecido muitas vezes como ” Salmo imprecatório”.

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Se desenvolve nos seguintes tópicos:

  • um grande apelo para Deus, para que Ele possa pleitear a causa do salmista;
  • pedidos para Deus que desonre Seus inimigos e tenha misericórdia com aqueles que seguem Seus caminhos;
  • outros pedidos juntado de promessas feitas pelo salmista;
  • e novamente a terceira série de pedidos junto com votos.

Salmo 35 da Bíblia Sagrada

  1. Pleiteia, Senhor, com aqueles que pleiteiam comigo; peleja contra os que pelejam contra mim.
  2. Pega do escudo e da rodela, e levanta-te em minha ajuda.
  3. Tira da lança e obstrui o caminho aos que me perseguem; dize à minha alma: Eu sou a tua salvação.
  4. Sejam confundidos e envergonhados os que buscam a minha vida; voltem atrás e envergonhem-se os que contra mim tentam mal.
  5. Sejam como a moinha perante o vento; o anjo do Senhor os faça fugir.
  6. Seja o seu caminho tenebroso e escorregadio, e o anjo do Senhor os persiga.
  7. Porque sem causa encobriram de mim a rede na cova, a qual sem razão cavaram para a minha alma.
  8. Sobrevenha-lhe destruição sem o saber, e prenda-o a rede que ocultou; caia ele nessa mesma destruição.
  9. E a minha alma se alegrará no Senhor; alegrar-se-á na sua salvação.
  10. Todos os meus ossos dirão: Senhor, quem é como tu, que livras o pobre daquele que é mais forte do que ele? Sim, o pobre e o necessitado daquele que o rouba.
  11. Falsas testemunhas se levantaram; depuseram contra mim coisas que eu não sabia.
  12. Tornaram-me o mal pelo bem, roubando a minha alma.
  13. Mas, quanto a mim, quando estavam enfermos, as minhas vestes eram o saco; humilhava a minha alma com o jejum, e a minha oração voltava para o meu seio.
  14. Portava-me como se ele fora meu irmão ou amigo; andava lamentando e muito encurvado, como quem chora por sua mãe.
  15. Mas eles com a minha adversidade se alegravam e se congregavam; os abjetos se congregavam contra mim, e eu não o sabia; rasgavam-me, e não cessavam.
  16. Com hipócritas zombadores nas festas, rangiam os dentes contra mim.
  17. Senhor, até quando verás isto? Resgata a minha alma das suas assolações, e a minha predileta dos leões.
  18. Louvar-te-ei na grande congregação; entre muitíssimo povo te celebrarei.
  19. Não se alegrem os meus inimigos de mim sem razão, nem acenem com os olhos aqueles que me odeiam sem causa.
  20. Pois não falam de paz; antes projetam enganar os quietos da terra.
  21. Abrem a boca de par em par contra mim, e dizem: Ah! Ah! os nossos olhos o viram.
  22. Tu, Senhor, o tens visto, não te cales; Senhor, não te alongues de mim:
  23. Desperta e acorda para o meu julgamento, para a minha causa, Deus meu e Senhor meu.
  24. Julga-me segundo a tua justiça, Senhor Deus meu, e não deixes que se alegrem de mim.
  25. Não digam em seus corações: Ah! alma nossa! Não digam: Nós o havemos devorado.
  26. Envergonhem-se e confundam-se à uma os que se alegram com o meu mal; vistam-se de vergonha e de confusão os que se engrandecem contra mim.
  27. Cantem e alegrem-se os que amam a minha justiça, e digam continuamente: O Senhor seja engrandecido, o qual ama a prosperidade do seu servo.
  28. E assim a minha língua falará da tua justiça e do teu louvor todo o dia.

Interpretação do Salmo 35

Do versículo 1 à 3 Davi está se sentindo injustiçado por causa dos ataques, por isso é uma clássica alegação de inocência vinda de um pedido de salvação, de ajuda para levantar. Davi não hesita em procurar Deus e pedir para que Ele o proteja como um verdadeiro soldado.

Seguindo pelos versículos de 4 à 9, em primeiro lugar Davi já solicita para Deus que seus inimigos sejam envergonhados, isto é, um clamor com fervura para o juízo final.

Já no versículo 10, este e o anterior formam a oração do salmista, de plena confiança e estabilidade em Deus. Quando ele se refere a “todos os meus ossos”, quer dizer no mais íntimo, em uma pessoa completa.

Nos versículos de 11 à 17 aqui se inicia novamente um ciclo de petições, que se refere muito a seus inimigos, como testemunhas traiçoeiras. Por isso a compara também com animais, a forma que os tratam.

No versículo 18, votos de louvor são soados, e acompanham outro ciclo de pedidos, aqui a palavra hebraica é entoada e significa agradecimento público, isto é, adorar e reconhecer a Deus em comunidade.

Seguindo pelos versículos de 19 à 21 conta que os inimigos de Davi, iriam comemorar se vissem que pessoas como ele está sofrendo ou caindo, e por conta disso mais uma vez Davi alega total inocência, se eles o odeiam é extremamente sem motivo. Esse trecho em análise também lembra muito o sofrimento de Jesus, que nunca deu motivos para ser odiado e condenados por muitas pessoas. Seguindo para o final desse contexto a expressão “Ah! Ah!” é usada como desdém, raiva e sarcasmo.

Já nos versículos de 22 à 25 Davi, totalmente desconfortado diz que não somente os pecadores mas também Deus via seu desespero e dor, mas que sabia que diferente de outros Deuses imaginários, o seu deus nunca dorme, mas ainda assim Davi ameaça dizendo que neste caso para que o Senhor estava cochilando.

Finalizando com os versículos de 26 à 28 é revelado que aqueles que amam e seguem a Deus possuem seus defensores e benefícios mas aqueles que estão optando pelo outro lado, participarão somente da alegria quando estiverem totalmente salvos.

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