Também conhecido como Esu, Eshu, Bará, Ibarabo, Akésan, Yangí, Legbá e Ònan, Exú é o Orixá da comunicação, da paciência, da ordem, da disciplina e da sexualidade. Com origem africana, Exú é uma das figuras mais populares do Candomblé e da Umbanda.
Ele é considerado o guardião das aldeias, cidades, casas e do Axé, e tem forte domínio sob o sexo, a magia, a união, o poder e o fogo da transformação.
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Devido a outros tipos de cultura, Exú foi associado ao diabo e à uma figura ruim. Mas, esse esteriótipo é totalmente contrário à verdadeira característica do Orixá. A maldade é fruto do ser humano, não de Exú, ele é o ser mais próximo do homem, se todos soubessem os benefícios e proteção que ele é capaz de realizar, seriam todos mais próximos a este fantástico Orixá.
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Cultuado nas cidades de Ondo, Ijesa, Ijebu, Alaketu, Abeokuta, Ekiti e Lagos, Exú foi denominado erroneamente como o diabo cristão. Seu estilo irreverente e brincalhão causou estranheza e curiosidade nos colonizadores na época da colonização europeia.
Lendas contam que o Orixá Exú fez parte da criação do mundo. Durante este período Exú desempenhou o papel de mensageiro de Deus – chamado de Olodumare ou Olorum – sendo ordenado a vir para Terra para saber se ela poderia ser habitada por seres humanos e Orixás.
Após sua chegada, Exú se recusou a voltar ao céu, sendo considerado assim o primeiro Orixá a chegar e permanecer na Terra. Isso o levou a ser o primeiro a ser reverenciado nos cultos de nação, e posteriormente na Umbanda.
Acredita-se também que Exú foi um dos principais responsáveis pelo encadeamento de ações divinas e pela criação dos meios que possibilitaram e evolução dos seres. Isto pois ele comanda o Vazio Absoluto, que deu sustentação para a criação do mundo.
Na Nigéria a apresentação histórica de Exú é um pouco diferente. Para este povo, o Orixá teria sido um dos companheiros de Oduduá, após sua chegada a Ifé. Mais tarde, tornou-se assistente de Orunmilá e posteriormente Rei de Ketu, por isso o nome Exú Rei.
Denominado também como Àkero ou Àkesán, ele foi considerado chefe, cargo que lhe trouxe a missão de supervisionar as atividades mercantis – por isso é um dos maiores protetores dos comerciantes.
Exú é a ponte mais estreita entre os sentimentos humanos e as superioridade dos Orixás. Energético, alegre, carismático, brincalhão e muito atraente, é dono de um invejável magnetismo e de uma excelente lábia.
Com a admirável capacidade de ser o mais sutil e astuto de todos os Orixás, Exú é capaz de provocar mal entendidos e discussões às pessoas que estão em falta com ele, pois faz parte de um dos seus mistérios.
Capaz de fazer o erro virar acerto e o acerto virar erro, ele possui diversos elementos relacionados às suas atividades. Sua multidisciplinaridade faz com o que o Orixá seja presente em todos os lugares: na terra, no pó e na poeira.
Tanto na Umbanda quanto no Candomble, Exú é um Orixá como todos os outros, oriundo da força da natureza. Mas há um pequeno diferencial quando falamos do Exú que surge no terreiro Umbanda.
Quem já foi ao ritual, sabe que é costumeiro os Exús darem passes para proteger e orientar quem os procuram, mas esses seres de Luz que fazem essa limpeza espiritual, são Guias Exús e não o Orixá em si. Eles possuem nomes característicos e muito conhecidos como: Exú Caveira, Exú Tiriri, Exú Marabô, Exú do Lodo, Zé Pilintra (alguns espíritos desta linha se apresentam como Malandros, outros como Exús), e muitos outros.
No Candomblé, ele possui um culto à parte, na Umbanda a sua nomenclatura é definida como Orixá de esquerda, ou seja, aquele que age tanto na Luz quanto na Sombra.
Resumindo: os Orixás agem todos na Luz – do lado direito – onde atuam sobre a vida de todos os humanos a partir de suas verdades e leis supremas, cada qual com sua energia e poder natural.
Já Exú é um Orixá que se conecta ao mundo terreno e as características humanas, ele trabalha também o lado esquerdo, podendo agir na Luz e nas Sombras e é por isso que muitas pessoas o considera de ações ruins. Mas, o que necessitamos compreender aqui é o seguinte: Exú é o único Orixá que entende de perto os sentimentos humanos e tem total sintonia com nossos objetivos. Sendo assim, se a pessoa tem má índole, ele poderá agir ao ser chamado em alguma causa, mas no momento em que ele for cobrado por ter realizado algo errado, sua ira superará qualquer afeição e essa pessoa será punida por aquilo que cometeu.
Desta forma, podemos entender que Exú não é um ser maligno, ao contrário, ele possui um grande amor pelas causas humanas, é fascinado por nosso existir e isso faz com que ele nos enxergue e haja por nós com outros olhos. Quem souber tratá-lo como merece e andar nos bons caminhos sob sua proteção, encontrará somente a felicidade e a força necessária para superar qualquer que seja o desafio.
Os diversos nomes de Exú se dão pelas funções que ele exerce, também chamadas de qualidades. Existem inúmeras ramificações deste Orixá, e cada divindade recebe um nome e também peculiaridades:
Exú Yangui | A sua múltipla forma mais importante e que confere a qualidade de Imolê ou divindade nos ritos da criação. |
Exú Igbá ketá | O Exú da terceira cabaça. |
Exú Okòtò | O Exú do caracol, o infinito. |
Exú Oba Babá Exú | O rei e pai de todos os Exús. |
Exú Odàrà | O senhor da felicidade ligado a Orinxa’Lá. |
Exú Òsíjè | O mensageiro divino. |
Exú Elérù | O senhor do carrego ritual. |
Exú Enú Gbáríjo | A boca coletiva dos Orixás. |
Exú Elegbárà | O senhor do poder mágico. |
Exú Bárà | O senhor do corpo. |
Exú L’Onan | O senhor dos caminhos. |
Exú Ol’Obé | O senhor da Faca. |
Exú El’Ébo | O senhor das oferendas. |
Exú Alàfìá | O senhor da satisfação pessoal. |
Exú Oduso | O senhor que vigia dos Odús. |
IMPORTANTE: toda oferenda deve ser orientada por alguém responsável do Candomblé ou Umbanda, cada Orixá possui suas peculiaridades que devem ser respeitadas e guiadas por quem os conhecem após anos de prática na religião.
As oferendas são popularmente entregues em encruzilhadas abertas e preferencialmente longe de hospitais, bares, cemitérios e delegacias, sempre mantendo para fora, pois é o campo de atuação deste Orixá.. Realizadas com diferentes objetivos, elas podem proporcionar a abertura de caminhos profissionais e amorosos, e também para saúde, limpeza ou fortalecimento.
Vale lembrar que estas oferendas são feitas com responsabilidade, estes rituais não devem prejudicar ninguém nem mesmo levar o mal ou o conflito ao próximo.
Exú precisa sempre ser o primeiro a receber uma oferenda, e que pela sua diversidade e proximidade com o ser humano aceita praticamente de tudo em seu prato. Preferencialmente, prepara-se o Padê, mistura feita a partir da mistura da farinha de mandioca grossa com azeite de dendê ou pinga, com adicionais como pimentas, cebola ou pedaços de carne, de acordo com a necessidade ou com a qualidade.
Segunda-feira é considerado o dia de Exú. Neste dia o Orixá deve ser invocado para abrir caminhos e trazer crescimento e expansão na semana que se inicia. A data em comemoração ao seu nome é o dia 13 de Junho.
O Orixá tem como cores principais o preto e o vermelho. Tons que apresentam forte associação aos seus elementos: o fogo e a terra. Estas cores também são relacionadas à sua forma de trabalhar, pois o vermelho é a cor irradiadora (que vai oferecer a quem precisa tudo que foi pedido) e a preta é a cor absorvedora (fazendo grandes trabalhos de descarrego e limpeza energética).
Muito intensos e dados a paixão e a conquista, os filhos de Exú estão sempre muito alegres. Donos de uma personalidade atraente e carismática, costumam ser magnéticos e chamam a atenção por onde passam. Característica geralmente utilizada apaziguar situações difíceis (e com a mesma facilidade instaurar conflitos).
Os filhos de Exú possuem grande facilidade de comunicação e podem usufruir desse fator de diversas maneiras, são pessoas muito boas para negócios, publicidade ou para qualquer outra coisa que necessite de persuasão. Essas pessoas também são capazes de solucionar os maiores conflitos ou criar os piores, tudo dependerá da energia que elas alimentarão as suas vidas.
Exú é homenageado no dia 13 de junho, mesmo dia em que é celebrado o dia de Santo Antônio. Este sincretismo foi dado pelas intenções amorosas direcionadas ao Santo Católico. Intenções muito bem compreendidas pelo Orixá, que é também conhecido como Senhor do sexo e dos relacionamento carnal, por isso carrega em suas mãos o falo na maioria das imagens.
“Orixá Exú, vós que sois o Orixá Regente do Vazio, o Orixá Vitalizador, O Orixá Esgotador dos excessos humanos e de suas ilusões vãs, auxilie-nos.
Pedimos ao Senhor e ao Pai Criador Olorum, guiem-nos para que vazio não nos tornemos.
Não nos permitam perder-nos na dualidade dos momentos da vida.
Orixá Exú, não deixe que perturbações espirituais e materiais minem nossa força de vontade e livre arbítrio, nem nossa vontade de viver.
Orixá Exú, Senhor da Dualidade que vemos na matéria, oriente-nos para que não sejamos seduzidos por caminhos que nos levam a paralisação evolutiva e consciência das trevas da ignorância em que mergulhamos quando vazios de Deus nos tornamos.
Livra-nos de tudo aquilo que nos afasta de Nosso Criador e afaste de nós o Mal.
E se merecedores formos, que tenhamos paz e prosperidade, para conduzirmos nosso fardo nessa encarnação de maneira mais amena, com ausência de nossos abismos e negativismos, sobre Tua Guarda e Proteção.
Amém.”
Laroyê e Mojubá são populares saudações feitas à Exú. Mojubá significa rei e sua saudação tem como principal significado “apresentar seu humilde respeito”. Palavra comumente utilizada em prol da grandeza e da magnitude de Exú. Já Laroyê (ou Laroiê) significa “pessoa muito comunicativa”.
“Laroyê Exú! = Mensageiro, Exú!”
“Exú e Mojubá = Exú, a vós meu respeito!”
Orixá da comunicação, da persuasão, do sexo e da transformação. Exú é conectado aos desejos e anseios humanos e compreende nossas causas como nenhum outro. Ele é a ponte entre os homens e os Orixás e por ele somos capazes de elevarmos nossa espiritualidade e encontramos as mais fortes proteções para nosso caminho.
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