O Sabbath Lammas ou Lughnasadh é um ritual realizado na Wicca para o agradecimento da primeira colheita. As energias de abundância e prosperidade são as principais vibrações que marcam esse momento, e quando fala-se em colheita, ela não é somente do plantio, mas de tudo aquilo que agrega felicidade e realizações à vida. Por isso esse é o momento de agradecer ao Deus pelo seu sacrifício para que todos pudessem viver esse momento de bons acontecimentos.
Aqui no hemisfério sul a data é comemorada em 02 de fevereiro, no hemisfério norte em 01 de agosto. Vale a pena ressaltar que todas as energias depositadas nessa prática são com o intuito de reconhecer o ciclo da vida e dar valor àquilo que foi alcançado sem se prender ao que foi dedicado para que isso ocorresse, ou seja, agradecer simplesmente pelo fato de poder viver e desfrutar os bons momentos com a promessa de prosperidade, independente das dificuldades superadas.
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Esse Sabbat ocorre como o agradecimento pela primeira colheita, esta envolveu o sacrifício do Deus Sol. Entre os deuses celtas, Lugh é conhecido como o Sol, e ao chegar o momento de sua morte, ele concentra toda sua energia de vida e a lança sobre as plantações, aumentando mais assim tudo o que será colhido. As sementes são todas banhadas com o seu brilho de vida, tornando esse período ainda mais próspero.
Por isso nessa data que marca a primeira colheita é realizado o Sabbat Lammas, para que o Deus Sol receba a energia de agradecimento de todos que reconhecem o seu sacrifício em benefício dos homens.
Durante esse processo os raios do Sol começam a enfraquecer, o conceito desse ciclo é o de que tudo que deseja-se envolve um sacrifício para ser alcançado, o inverno está chegando e o fim desse período de fertilidade chegará. Porém, deve-se encarar todas as fases como necessárias e gratificante, porque para se renascer é preciso permitir que o antigo se vá.
Os primeiros grãos colhidos são transformados em pães ou bolos, na Wicca ficou conhecido como a Massa de Lugh onde todo alimento produzido é ofertado em agradecimento e dividido entre todos os participantes.
O ritual é todo realizado com grande fartura à mesa, sempre com energias positivas que são passadas a todos que frequentam a festividade. É de tradição haver muito vinho, bolos, pães, biscoitos e diversas frutas.
Lembre-se que sempre o primeiro gole das bebidas e o primeiro pedaço dos alimentos devem ser ofertados ao Deus e à Deusa. Costuma-se também confeccionar dois bonecos representando os Deuses com a palha do milho.
A energia do Deus Sol pode ser direcionada a todo tipo de desejos que você quer alcançar, como a também a recuperação de traumas, medos e receios.
Materiais: 1 cálice com vinho, 1 pão, ramos de trigo, 4 velas laranjas e 4 marrons, 1 boneca de pano recheada de grãos, álcool de cereais, açafrão e caldeirão.
Envolta do caldeirão intercale as velas laranjas e marrons, decore o seu altar com o trigo e coloque o pão sobre ele. Trace um círculo mágico dizendo:
“Hoje é o momento de festejarmos a primeira colheita. O Deus Sol nos trouxe a abundância. A Deusa Mãe nos presenteou com as sementes. Comemoro o Pão da vida que sustenta a todos. Abençoada seja a fartura da Terra.”
Então acenda todas as velas e agradeça por tudo que tem alcançado até esse momento em sua vida. Com a boneca em mãos peça o que deseja e dê 3 voltas ao redor do caldeirão, na última volta a coloque dentro do caldeirão. Salpique o açafrão nela, derrame um pouco do álcool sobre a boneca e coloque fogo pronunciando:
“O Deus dos grãos se sacrifica para nos alimentar e trazer vida ao seu povo.
Mas em cada semente há a promessa do renascimento.
Abençoado seja o mistério da vida presente em cada semente.”
Com o cálice elevado continue:
“Tomo este vinho em honra ao Deus da fartura e da abundância, do grão renascido, e da Deusa da colheita, a mantenedora da vida.”
Ofereça o vinho aos Deuses (realize a libação) e coma um pedaço do pão agradecendo por tudo que já te foi proporcionado. Festeje, dance e cante em homenagem aos Deuses. Ao final, destrace o círculo.
O Ritual foi retirado do Livro: “Wicca, A Religião da Deusa” de Claudiney Prieto, havendo algumas adaptações.
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