Rituais xamânicos existes para diversos fins. Os xamãs dedicam-se à cura, mas também tratam e usam a adivinhação, vendo o passado, o presente e o futuro para outros.
O xamã é um vidente e usa de todos os recursos naturais e psíquicos para acessar estados puros de consciência, adentrando profundamente a linguagem da alma e a da natureza primordial do ser humano. Para estabelecer uma comunicação com cada fase do ser, usa as técnicas e habilidades que chamamos de “medicinas”.
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A Roda de Medicina é um poderoso e antigo instrumento de Cura. Também chamada de Elo Sagrado, que revela os ciclos da vida e os processos pelos quais o ser humano passa no seu caminho evolutivo.
Cada um dos ciclos é representado pelas 4 direções na terra, e identificado com um dos elementos da natureza: terra, água, ar e gogo, além dos animais, cores e instrumentos.
A jornada de vida do ser humano tem quatro fazes: a da criança, do jovem, do adulto e do ancião. Também são quatro as estações: outono, inverno, primavera e verão.
Nos Pontos Cardeais, existem quatro raças (vermelha, amarela, branca e negra). Para cada direção existe uma cerimonia especifica que chamamos de medicinas:
Nos traz o poder dos sonhos e a orientação espiritual, por isso sua cor é o dourado, a cor do sol nascente da vida que surge e seu animal é a Águia.
É no Leste que encontramos o auxílio necessário para fazer a conexão com o mistério de quem somos e a expressar o nosso ideal de vida. É a morada do elemento fogo e a cerimonia é:
A pessoa é levada por um xamã e é colocada no alto de uma montanha totalmente isolada, na natureza, onde não haja contato com outras pessoas enquanto durar a busca, que varia de um a treze dias.
Neste período, normalmente a pessoa não come nem bebe água, só e isolado ela reza e clama por uma visão que muitas vezes pode vir na forma de um insight. Ou de uma canção, afinal o canto é uma forma de cura e os sinos são os instrumentos.
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Essa direção nos traz o ponto da morte e transformação. É um convite a se deixar morrer o que está morrendo, somos convidados para alcançar o novo. Por isso sua cor é o preto, onde não se vê nada.
Neste ponto entramos na caverna da Grande Ursa, de nós mesmos para encontrar as respostas para nossa vida. Os rituais ligados ao espírito do Ar envolvem purificações com incensos, óleos aromáticos, essências, ervas, sons, oração por meio da fumaça do Cachimbo Sagrado. A dança é sua forma de cura e o seu instrumento é o chocalho.
A cerimônia é:
Para a celebração deste ritual é montada uma cabana que lembra, pela sua estrutura, o útero da Mãe Terra. No centro da cabana é feito um buraco. Quando as pedras estão aquecidas, todos entram na cabana, para onde elas são levadas e depositadas no centro da tenda. No interior, os participantes entoam cantos e tocam tambor, enquanto o condutor da cerimônia despeja água sobre as pedras incandescentes.
Este é um dos mais poderosos rituais de cura, trabalhando todos os níveis do ser humano. É uma experiência de renascimento!
É a direção das jornadas e viagens xamânicas, contamos histórias ao redor do fogo e tocamos o tambor.
O uso do tambor nas jornadas e rituais xamânicos é indispensável pois traz as batidas do coração para nos recordar da nossa criança interior. Dançamos com os golfinhos e mergulhamos nas águas da emoção.
A cerimônia é:
Dura quatro dias e ocorre nos meses de julho ou agosto no hemisfério norte e janeiro e fevereiro no hemisfério sul.
Cada Dança tem um chefe que supervisiona a dança e o tempo de duração durante o dia. Os dançarinos se vestem com roupas coloridas e enfeitadas e outros tocam um enorme tambor chamado de Pow-Wow!
Enquanto o sol estiver no céu o tambor não pode parar e os dançarinos também não! Significa que a humanidade saúda o Sol como o grande provedor de vida e energia. A música e a dança só param quando o sol se põe.
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É a direção do mestre interno, o silêncio. Onde aprendemos como orar, e sob o poder da oração, como revelar gratidão. Os animais de quatro patas nos guiam nesse lugar e o branco da clareza nos preenche.
O Norte traz a qualidade da abundância e fala da necessidade de o homem praticar sempre a ação correta para se obter a abundância, traz o ensinamento sobre como identificar os momentos certos para falar e para calar.
A oportunidade de aprendermos com as experiências alheias, e para que após filtrar os ensinamentos mais úteis, possamos colocá-los em prática em nossa vida diária.
A cerimônia é:
As pessoas sentam-se em círculo para que possam ficar de frente umas para as outras. A pessoa mais velha segura o bastão até que termine de expor o seu ponto de vista. Só é permitido falar quem estiver segurando o bastão nas mãos e estiver disposto a dizer a verdade e transmitir conhecimentos.
Uma pena de resposta também poderá ser utilizada, para caso a pessoa que estiver com o bastão deseje fazer uma pergunta a outra do grupo. Aquele que fez a pergunta permanece com o bastão e aquele que irá responder segurará a pena. Aquele que está com o bastão que fala não deverá ser interrompido, até que encerre e passe o bastão ao próximo. Após todos terem segurado o bastão e terem tido a oportunidade de falar, a cerimônia é encerrada.
Lembrando que em cada um desses rituais a pessoa deve estar acompanhada por um líder espiritual experiente e preparado para conduzir cada cerimonia de acordo com suas tradições e costumes de seus antepassados.
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