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O clássico tarot de Waite é um dos baralhos de Tarot mais conhecido. As cartas vibrantes, com cenas completas com figuras e símbolos, foram desenhados em 1909 por Pamela Colman Smith sob a direção de Arthur Edward Waite. Dessa forma, o tarot de Waite, ou Raider-Waite-Smith, é o que mais inspira artistas na ilustração de novos decks.
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O Dr. Arthur Edward Waite (1857-1942) foi um verdadeiro estudioso do ocultismo cujas obras publicadas incluem: “A Sagrada Cabala” e “A Chave do Tarô“, publicado pela primeira vez na Inglaterra em 1910. Waite utilizou o simbolismo como a chave do pacote de Tarô.
Em The Key to the Tarot, ele escreve: “O verdadeiro tarot de Waite é simbolismo; não fala outra língua e não oferece outros sinais ”. Então quais são as cartas do Tarô sobre as quais Waite escreve com tanta habilidade? Qual é a mensagem de cada carta e quando e onde esses símbolos de papelão fascinantes se originaram pela primeira vez?
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A origem precisa das cartas de tarô na antiguidade permanece obscura. Contudo, Court de Gebelin, escrevendo no “Le Monde Primitif” – em 1781, defende a teoria de que as cartas do Tarô derivaram de um antigo livro egípcio, O Livro de Thoth.
Thoth era o Mercúrio egípcio, considerado um dos primeiros reis e o inventor do sistema hieroglífico. Assim Gebelin afirma que os egípcios e ciganos foram os principais responsáveis por espalhar as cartas do tarô pela Europa.
O surgimento das cartas de tarô na Europa antecede em mais de cinco séculos o trabalho de Waite. Um monge alemão, Johannes, descreve um jogo chamado Ludas Cartarum jogado no ano de 1377. Covelluzzo, um cronista do século XV, relata a introdução em Viterbo do jogo de cartas no ano de 1379.
No ano de 1369, Carlos VI, da França, não menciona as cartas de jogar em um decreto contra várias formas de jogo; no entanto, 28 anos depois, o Prevot de Paris, em um decreto datado de 22 de janeiro de 1397, proíbe os trabalhadores de jogar tênis, bola, cartas ou nove pinos, exceto apenas nos feriados.
Entre tantas teorias, porém, é geralmente aceito que as cartas de jogar surgiram na Europa na segunda metade do século XIV, provavelmente primeiro na Itália como um baralho completo de 78 cartas – ou algum gênio inventivo posteriormente combinou as 56 cartas comuns conhecidas como Arcanos Menores com os 22 esotéricos e as cartas do Tarô emblemáticas, conhecidas como Arcanos Maiores, para formar o baralho de 78 cartas.
Durante o século XV, as cartas do tarô eram geralmente desenhadas ou pintadas à mão para as casas principescas do norte da Itália e da França. Posteriormente, os baralhos de cartas tornaram-se mais numerosos, pois eram reproduzidos por técnicas de xilogravura, estêncil e gravura em cobre. Apenas no século XVI, um pacote de tarô modificado, chamado Tarô de Marselha, ganhou popularidade.
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Nos arquivos da Bibliotheque Nationale de Paris, existem hoje 17 cartas dos Arcanos Maiores. Geralmente se acredita, e é provável que erroneamente, que Jacquemin Gringonneur as pintou em 1392 para Carlos VI da França. Essas cartas tem mais chance de terem origem veneziana e posterior, possivelmente são cartas de Tarocchi de Veneza de meados do século XV.
Vamos falar sobre a estrutura do baralho e os significados de suas cartas. Qualquer prática mágica – tarô, astrologia ou feitiço – é baseada no axioma hermético “como acima, abaixo”, e assim também para o tarot de Waite.
Em outras palavras, o macrocosmo do cosmos se reflete no microcosmo da experiência individual. Consequentemente, todo o universo existe dentro de um baralho de tarô, com cada carta representando uma pessoa, lugar ou evento. Esses símbolos são descritos tanto nas cartas dos Arcanos Maiores, que falam sobre segredos maiores, quanto nas cartas dos Arcanos Menores, que falam sobre segredos menores.
As cartas dos Arcanos Maiores, no tarot de Waite e em outros, representam influências monumentais e inovadoras. Eles pontuam nossas jornadas e cada um fica sozinho como uma mensagem poderosa, representando movimentos de mudança de vida que definem o início ou o fim dos ciclos.
Essas cartas dinâmicas aparecem durante as principais transições, sinalizando momentos distintos de transformação. As cartas são numeradas para representar as estações em nossa jornada maior pela vida; sua ordem cronológica revela a passagem do tempo.
As cartas de Arcanos Menores, por outro lado, refletem questões cotidianas: como dançar, beber, dormir ou brigar. Eles sugerem ações típicas de comportamentos humanos e aparecem durante transições suaves que podem ser temporárias ou ter apenas uma influência menor.
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Tanto no tarot de Waite, quanto em outros baralhos, você pode compreender que juntas, as cartas dos Arcanos Maiores e Menores criam uma linguagem pictórica abrangente. É importante lembrar que todas as respostas que buscamos existem inatamente no baralho, com cada carta ilustrando uma pessoa, circunstância ou resultado potencial.
Como não há quebra-cabeças secretos ou agendas ocultas com o tarô, a capacidade de discernir o significado está na sua própria interpretação narrativa.
Antes de qualquer leitura, certifique-se de embaralhar (ou “limpar”) o baralho. Este gesto deliberado deve se tornar uma meditação. Sinta a fisicalidade das cartas em sua mão, visualizando sua pergunta. Se você está lendo para outra pessoa, use este momento de reflexão para chegar à raiz da situação dela e ajudá-lo a formular perguntas específicas para ela. Leve o tempo que precisar.
Limpar o baralho é um primeiro passo crítico na leitura das cartas de tarô, pois abre o caminho entre as dimensões espirituais. Quando estiver pronto, corte as cartas em três e reordene a pilha, com a face para baixo. Em sua roupa favorita (seja precioso com seu baralho de tarô), prepare-se para puxar as cartas para sua “propagação” de tarô.
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