Nosso calendário, chamado de comum ou gregoriano – por ter sido reorganizado pelo Papa Gregório XIII em 1582 – é resultado de muitas alterações e adaptações.
Até o século 8 a.C. o ano do mundo romano, tinha dez meses, e iniciava-se em 1 de março – Martius, depois vinha Aprilis, Maius, Iunius, e a partir daí foram usados numerais, de 5 a 10 para denominar os meses seguintes: Quinctilis, Sextilis, September, October, November e December.
Até aí tá tudo bem, não é mesmo? Mas…
No século seguinte, para acertar mais a fixação da contagem com o tempo da duração da volta da Terra ao redor do Sol, os romanos introduziram mais dois meses: Januarius e Februarius, que ficaram para o final.
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Foi no século 1 a.C. o ditador Julio Cesar fez nova reordenação, passando Janeiro e Fevereiro para o início e mantendo os doze meses. E até agora, muitos não entendem porque chamamos de sete-mbro o mês que numeramos como nove, e dez-embro como doze! Mas também tem uma explicação, vamos lá:
Julio Cesar, nascido no mês Quinctilis, foi assassinado, e celebrizou a famosa frase: “Até tu, Brutus?”. Marco Antonio, general romano e seguidor de Julio Cesar, por compor o Segundo Triunvirato, juntamento com Otávio e Lépido, decidiu homenagear o líder e trocou o nome do antigo quinto mês para Julius, mantendo 31 dias que já estavam estipulados. Mas a luta pelo poder veio à tona novamente, e com o pretexto de proteger a honra da família ofendida, Marco Antonio abandonara o antes conveniente casamento com Otavia, irmã de Otavio e se casara com Cleópatra. Firmando-se assim como senhor do mundo oriental.
A mexida no calendário e no Império, não para aí. Com a destruição de Lépido e depois, da derrota de Marco Antonio, Otávio, também chamado de Otaviano, em Janeiro de 31 a.C. recebeu do senado o título de Augusto, depois, foi sagrado como primeiro Imperador de Roma, e por fim, Grande Pontífice.
O Imperador entendeu que não era adequado para alguém “daquele porte”, não ser também homenageado com um nome no ano, e alterou o sexto mês, Sextilis, para Augustus, atual Agosto., quando se fazia o acerto final da translação; sucedia a Julius (31 dias), e desse modo tinha duração de 30 dias. A lógica foi quebrada e ordenou que “seu’ mês passasse a ter também 31 dias.
Quase ninguém associa agosto a Augusto, e menos ainda, lembra que Julho/Agosto são os únicos consecutivos, com o mesmo número de dias em memória ao poderoso Imperador.
Daí as comemorações que temos hoje, fora das datas em que ocorreram, nos tempos idos, a exemplo da Páscoa, que era uma festa pagã, religião que respeitava os fenômenos naturais, assim como os índios respeitam: Sol, Lua, água, etc.; muitas das comemorações que temos atualmente, foram apropriação da Igreja católica, para manter os fiéis atrelados a ela. O Natal que comemora o solstício de inverno no hemisfério norte, nada tem a ver com o nascimento de Jesus, ele nasceu à meia noite de 24 para 25 de fevereiro, era pisciano a Era de Peixes foi representada por ele.
E por curiosidade: o ano começa em março, portanto, é por isso que o primeiro signo é Áries!
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