Obá, a Orixá guerreira e de grande força, é a rainha do Rio Níger (o principal rio da África Ocidental e o terceiro mais longo de toda África). Está sempre com espada e escudo na mão, pronta para lutar pelo o que acredita e defende. As mulheres que buscam por força e proteção podem recorrer a essa Orixá, pois ela é a mãe que entende as dores do coração.
Receba as Mensagens Divinas Dos Orixás Por Especialistas em Jogo de Búzios Online. CLIQUE AQUI
Filha de Iemanjá e Oxalá, a Orixá Obá é senhora das águas doces revoltas, procura sempre pelo equilíbrio e é defensora da justiça. Sempre que encontrar quebras fortes de água doce, pororocas e quedas d’água, saiba que ali se encontra ela. Obá anda ao lado de Nanã, por isso também tem controle sobre o barro e as enchentes. Por possuir grande força física, ela representa o poder feminino da luta, também é atribuído a ela o poder de transformar os alimentos crus em cozidos.
Obá na Umbanda e no Candomblé é uma representação feminina cheia de energia, vida e força. Sempre domina a roda e é temida por todos os outros Orixás, pois consegue derrotar qualquer um, desde que a disputa seja honesta. Obá possui as características de garra e fibra que toda mulher gostaria de possuir, sem medo de ir à frente e mostrar seu poder.
Seu estereótipo de batalha a deixa com uma aparência menos feminina. Sua beleza está na forma como guerreia e combate as injustiças. Ela não é esposa de ficar em casa, nem de dengos, tanto que sempre esteve ao lado de Xangô em suas disputas, fazendo o possível para ajudá-lo a alcançar a vitória.
Aqui no Brasil o culto a Obá é muito disperso, em alguns locais ela é conhecida como um Xangô feminino, pois não há muita compreensão sobre a Orixá e suas lendas sempre estão rodeadas de mistérios.
Ela sempre aparece com a mão no ouvido ou com um tecido na cabeça, isso se deve ao fato de ter cortado a própria orelha como prova de amor a seu esposo Xangô.
Índice do Conteúdo
São muitas as lendas sobre a vida e feitos da Orixá, todas elas rodeadas de muito mistério.
Sempre destemida e enérgica, ela adora enfrentar os Orixás. A lenda de Obá conta que ela já derrotou Oxalá, Exu, Oxumaré, Iansã, Orunmilá, Oxossi e Omolú.
Sua única luta perdida foi contra Ogum, que foi mais esperto na hora do combate. Antes da batalha, Ogum consultou Ifá, e a previsão foi de que se ele fizesse uma pasta com 200 espigas de milho e muito quiabo, a despejando em um canto da arena da luta, ele venceria.
Ogum seguiu a risca o conselho do Ifá. Estava evidente quem seria o vencedor, Obá dominava de forma esmagadora a disputa. Então, Ogum a levou para o canto com a pasta que havia preparado e a Orixá ao pisar na massa escorregou. Ogum não perdendo a oportunidade, a segurou e a possuiu ali mesmo. Depois da derrota, ela casou-se com Ogum.
Mas Obá ainda não havia sentido o amor verdadeiro, pelo menos não até conhecer Xangô. Era mais um dia de disputa entre os Orixás, e Ogum iria enfrentar o Orixá da Justiça. Durante a batalha, Obá (que acompanhava Ogum) sentiu seu coração bater descontroladamente e não conseguia tirar os olhos de Xangô, foi quando decidiu mudar de lado, abandonou Ogum e casou-se com Xangô, tornando-se sua primeira esposa.
A partir desse casamento Obá se transforma totalmente, e passou a ser muito ciumenta e possessiva. Seu amor pelo Orixá é descontrolado e ela faz qualquer coisa por ele. Como sua prova de devoção, ela sempre carrega junto a si as brasas das festas de Xangô.
Ao lado dele, sua vulnerabilidade passa a ficar muito visível, já que ela é capaz de fazer loucuras pelo marido. Por conta disso, ela foi enganada uma série de vezes dentro do relacionamento.
A lenda conta que Obá tinha muita inveja de Oxum, pois percebeu que a Orixá era a preferida de Xangô. Ela se questionava, mas não conseguia compreender o porquê, já que Oxum era totalmente mimada e dengosa, e quem corria os riscos nas batalhas sempre ao lado de Xangô era ela. Então, decidiu perguntar à Oxum o que ela fazia para encantar tanto o esposo. Notando a inocência de Obá, ela disse que era o Amalá que ela preparava que tinha um feitiço que o prendia. Ela passou a receita do prato para Obá, e a avisou que o principal ingrediente era ao final do preparo, acrescentar a própria orelha como oferenda ao amor dos dois.
Esperançosa com a eficácia do Amalá, Obá não notou que Oxum tinha as duas orelhas e que aquilo tudo era uma grande mentira, então foi rapidamente preparar o prato e cortou a própria orelha esquerda, a misturando ao amalá e o servindo para Xangô. Quando o Orixá notou que a orelha de Obá estava na comida, ele ficou furioso, e sua ira foi tão grande que as duas saíram correndo apavoradas do reino e viraram dois rios que correm paralelos e recebem o nome das Orixás. Quando suas águas se encontram eles ficam com ondas muito fortes, devido a disputas das duas pelo amor de Xangô.
Essa não foi a única vez em que Obá foi enganada por Oxum. Antes desse ocorrido, ela deu de presente para Xangô um lindo cavalo branco. O Orixá adorou o presente, e aquele tornou-se seu cavalo predileto. Logo depois, ele teve que partir em uma batalha, e dessa vez Obá não pôde acompanhá-lo. Decorrido 6 meses, a Orixá ficou aflita pois o marido não voltava, e resolveu consultar Orunmilá para saber o que poderia fazer, esse a instruiu a fazer um sacrifício, um espanta-moscas feito de rabo de cavalo e colocar no teto da casa.
Obá então encomendou a Eleguá o iruquerê – nome dado ao instrumento – e Oxum ao saber disso, resolveu interferir, orientando a cortar o rabo do cavalo branco que Xangô tanto amava. O resultado não poderia ser outro: o cavalo sangrou até a morte. Quando Xangô retornou da batalha, não encontrava seu cavalo e ao entrar em seu lar viu o iruquerê pendurado no teto. As suas outras esposas disseram que foi obra de Obá e ele com toda sua fúria repudiou a Orixá.
Mas Obá não deixou de graça todas as artimanhas de Oxum: em meio a um dia de ira, sem que Oxum percebesse o perigo, ela virou um caldeirão dendê em fervura nos pés da Orixá. Devido ao grave ferimento, há uma lenda que diz que é possível reconhecer os filhos de Oxum por seus pés.
Obá e Oxum não podem ficar próximas uma da outra em uma roda, elas devem ficar sempre o mais distante possível.
A história de Obá e Xangô é repleta de conflitos por causa da ingenuidade da Orixá quando o assunto é amor. Seu ciúme descontrolado sempre a coloca na pior situação e aumenta a ira de seu marido. De seu grande amor nasceu Opará, uma bela guerreira.
Em todas suas qualidades Obá é sempre uma mulher de semblante triste, cheia de ressentimentos, mas uma guerreira inigualável.
Obá Loké | Obá com Odé |
Obá Gideó | Obá unida a Xangô |
Obá Terá | Obá unida a Ogum |
Obá Syió | Unida a Xangô e a Oyá |
Obá Lodé | Ligada a Iyami |
Obá Rewá | Obá e Ewá |
Obá Lomyin | Obá ligada a Oxalá |
IMPORTANTE: toda oferenda deve ser orientada por alguém responsável do Candomblé ou Umbanda, cada Orixá possui suas peculiaridades que devem ser respeitadas e guiadas por quem os conhecem após anos de prática na religião.
Obá adora o som do bater da água do rio no mar, por isso sua comida preferida geralmente tem ingredientes de água salgada. Suas quizilas são: sopa, cogumelo e peixes de água doce.
Ingredientes:
Como preparar: Cozinhe a moranga inteira, e quando estiver pronta faça um corte na parte de cima, como uma tampa, abra e retire todas as sementes. Em uma frigideira, refogue a cebola com o dendê, em seguida acrescente os camarões e a língua de vaca cortada em tiras. Despeje tudo dentro da moranga.
O prato pode ser oferecido com Champagne, a bebida preferida da Orixá.
Ingredientes:
Como preparar: Cozinhe o feijão somente com água. Enquanto isso, faça um refogado com a cebola e o azeite de dendê, acrescente o camarão seco e água. Assim que o feijão ficar pronto o misture no refogado e acrescente por último a farinha até obter a consistência de um pirão.
O prato pode ser oferecido com Champagne.
O dia de Obá é em 30 de maio, mesmo dia em que é comemorado o dia de Santa Joanna d’Arc, santa na qual ela é sincretizada. O seu dia da semana é a Quarta-feira.
Sempre vestida de vermelho e branco, com detalhes em amarelo e as armas em cobre. Suas cores mostram sua força e impõe respeito.Em algumas qualidades também podemos vê-la na cor rosa.
Os filhos de Obá são um pouco antissociais, eles se sentem inferiores aos outros e costumam ser secos e ríspidos com os que rodeiam. Não fazem amizade facilmente, pois são muito sinceros e chegam a ofender com suas opiniões, pois não escondem nada do que pensam, nem planejam o que dizer.
Mas eles ou elas são extremamente fiéis aos poucos amigos que possuem e em seus relacionamentos. Falando nisso, no amor são possessivos e costumam também ser submissos, característica herdada da Mãe.
As filhas de Obá são mulheres de muita garra em áreas profissionais. São excelentes juízas, advogadas, tudo que envolva lei ou condicionamento físico. Devido a isso, sofrem muito preconceito por causa da inveja no mercado de trabalho.
O seu sincretismo é com a Santa Joana D’Arc. Ambas são mulheres de força, guerreiras que lutaram e defenderam o que acreditavam sem se importarem com os olhares opressores e com as opiniões alheias.
Obà Siré! Senhora das águas tempestuosas, ajudai-me a vencer os obstáculos em minha vida profissional e financeira.
Obà Siré! Com vosso Ofange, afasta meus inimigos e todos aqueles que desejam o mal para meus caminhos e daqueles que tanto amo.
Obà Siré! Poderosa orixá que rege o amor , protege minha vida amorosa e traga sempre o entendimento ao meu relacionamento.
Obà Siré! Poderosa guerreira, dai-me coragem e força para enfrentar os desafios diários e permanecer serena com todos os que cruzarem meus caminhos.
Obà Siré!
Obá Siré! Essa saudação significa: Rainha Poderosa!
Obá é defensora dos injustiçados, mulher de garra e força que não teme nenhum homem ou afrontas. Seu único ponto fraco é o amor. É fácil entender Obá pois suas características são muito comuns em diversas mulheres que conhecemos. Corajosas prontas a enfrentar o mundo, mas se desmontam quando encontram sua verdadeira paixão. Mil homens não derrubam Obá, mas um em especial sabe atingir seu coração.
Receba Aqui as Melhores Orientações Transmitidas Pelo Poder Dos Odús
Expansão e Busca Pessoal: Equilibrando nossas Mentes Amado(a) Leitor(a), chegamos aos dias 22 e 30…
O Tarot é uma prática ancestral que combina arte, misticismo e sabedoria espiritual. Entre os…
Deixe seu comentário